PANDEMIA

General Pazuello confirma covid-19 e é o 12º ministro infectado

Diagnóstico do ministro da Saúde ocorre em meio a um atrito político envolvendo a vacina chinesa. Um dia após Pazuello anunciar protocolo de compra dos imunizantes, Bolsonaro apontou que a "vacina chinesa não será comprada"

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está com covid-19. A informação foi confirmada pela pasta nesta quarta-feira (21/10). Segundo informações, o general apresentou febre baixa e mal estar. Pazuello se sentiu indisposto no começo da semana e, na terça, estava sob suspeita da doença, aguardando resultado de exames. 

Segundo o ministério, o estado de saúde do ministro Eduardo Pazuello é estável. Ontem (20), por volta das 23h, ele foi submetido a exames clínicos.

O ministro segue no Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército, onde reside, em Brasília, sendo monitorado por uma equipe multiprofissional.

Ele é o 12º ministro do alto escalão a contrair a doença. A ausência de Pazuello foi sentida na cerimônia de anúncio do resultado de um estudo clínico sobre o novo coronavírus no Planalto, ocorrida  no último dia 19. Na data, Bolsonaro, sem maiores detalhes, disse que o mesmo havia tido uma “indisposição” e dirigiu-se ao hospital.

“Talvez pela sua silhueta... ele teve uma pequena indisposição e foi para o hospital. Mas já tenho notícia, está tudo bem tudo tranquilo, e espero falar com ele daqui a pouco. Com toda a certeza ele gostaria muito de estar presente aqui", justificou.

Na terça, Pazuello cancelou a agenda que contava com reuniões com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e os deputados Laércio Oliveira (PP-SE), Dr. Zacharias Calil (DEM-GO) e Filipe Barros (PSL-PR).

O general manteve apenas o compromisso de reunião com governadores. A reunião com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que está em Brasília nesta quarta, também foi cancelada. O diagnóstico de Pazuello ocorre em meio a um atrito político envolvendo a vacina chinesa. Após reunião, Pazuello anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o tucano.

Bolsonaro, contudo, desautorizou o ministro e disse que "a vacina chinesa não será comprada".

Infectados

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; Bento Albuquerque de Minas e Energia; Milton Ribeiro, da Educação; Onyx Lorenzoni, da Cidadania; Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações; Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União; Braga Netto, da Casa Civil; Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral; Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo; Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo; o ministro das Comunicações, Fabio Faria também tiveram a doença, além do presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle.

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