Carol Solberg voltou ao repetir o “fora, Bolsonaro” e disse se sentir censurada após ser punida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva pela manifestação política. A atleta do vôlei de praia foi advertida com multa simbólica, na semana passada, pela fala em entrevista ao vivo após conquistar uma medalha.
Solberg participou, nessa segunda-feira (19/10), do programa da GNT Papo de Segunda. Durante o programa, ela falou sobre o desconforto da multa transformada em advertência, o que, para ela, não diminuiu o seu impacto. “Alívio de jeito nenhum. Por tudo que está acontecendo nesse país, esses absurdos todos. Então eu acho uma loucura, de alguém dizer o que posso e o que eu não posso”, acredita.
A atleta não se mostrou arrependida da fala e disse que recorrerá da punição. “Vou recorrer; não concordo com essa decisão. Acho que me sinto no direito quando estou dando uma entrevista, é o momento onde eu tenho voz. Eu acho que tenho que poder falar o que eu quiser, sim", defende.
Questionada se ela faria novamente, Carol disse, a princípio, não saber. “De repente, sim, se eu achasse que fosse importante, sim. Mas é difícil saber, depende do contexto. Agora, por exemplo, né? Me censuraram. Claro que eu não posso falar mais... De alguém dizer o que eu posso, o que eu não posso falar. Então é, sei lá, se eu achasse, se for necessário, eu falaria de novo, sim", conta.
Ao fim da entrevista, o apresentador do programa, Fábio Porchat, provocou Solberg até ela repetir a frase contra o presidente. Em uma brincadeira, ele questionou ela sobre o que ele precisaria falar se tivesse um filho chamado Bolsonaro dentro de casa e ele quisesse que o garoto saísse para o lado de fora. Em tom de brincadeira, a atleta respondeu: "Fora, Bolsonaro".