O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lacrou, ontem, o sistema eletrônico que será usado na votação e na divulgação dos resultados das eleições municipais, marcadas para novembro. De acordo com o órgão, a partir de agora, os dados dos candidatos e eleitores ficam blindados contra interferências externas, garantindo o sigilo do voto e a segurança do pleito.
Durante a cerimônia de assinatura digital do sistema, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, explicou que a lacração garante a proteção de 94 programas que fazem parte do sistema, entre eles, os que possuem o cadastro dos eleitores e os que geram a divulgação dos resultados. Segundo o ministro, nem mesmo o tribunal pode alterar o sistema.
“A urna eletrônica é utilizada no Brasil desde 1996, sem que jamais tenha sido documentada qualquer situação de fraude, não correspondência entre o resultado das urnas e o resultado da efetiva manifestação de vontade dos eleitores”, destacou. “Portanto, nós sempre estamos aperfeiçoando o sistema, nós o abrimos para as tentativas de invasão, consertamos eventuais fragilidades que sejam encontradas, mas nunca se conseguiu vulnerar as barreiras que protegem o coração do sistema.”
A assinatura digital do sistema foi feita, também, pelo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza; pelo procurador-geral da República, Augusto Aras; pelo vice-presidente do TSE, ministro Edson Fachin; e por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Devido à pandemia da covid-19, o Congresso promulgou emenda constitucional que adiou o primeiro turno das eleições deste ano de 4 de outubro para 15 de novembro. O segundo turno, que seria em 25 de outubro, foi marcado para 29 de novembro. No pleito, serão escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. (Agência Brasil)