A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram, nesta quinta-feira (15), uma operação contra um esquema criminoso montado dentro da superintendência da corporação no Rio de Janeiro. Empresários acusados de pagar propina para delegados e um escrivão são alvos de mandados de busca e apreensão e de prisão.
A Operação Tergiversação descobriu que a propina era paga em troca de proteção nas investigações realizadas nas Operações Titanium, que mirou fraudes envolvendo o Plano de Saúde dos Correios e a Viupostalis, que apura irregularidades envolvendo o Postalis.
Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão, autorizados pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, envolvendo dois delegados da Policia Federal, um delegado da Policia Civil, sete empresários e cinco advogados. Também são alvos advogados que atuariam como intermediários para o recebimento de propina.
A Operacao Tergiversacao resultou no pedido de abertura de ação penal contra os delegados Lorenzo Pompílio da Hora e Julio Rodrigues Bilharinho, assim como do escrivão Everton da Costa Ribeiro, lotados a época no Núcleo de Repressão a Crimes Postais da Delepat/RJ. De acordo com as investigações, eles teriam recebido cerca de R$ 5,5 milhões de reais em propina. Foram denunciados ainda três operadores do esquema e cinco empresários que realizaram pagamento de vantagens indevidas.
Na ação desta quinta-feira, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, envolvendo dois delegados da Policia Federal, um delegado da Policia Civil, sete empresários e cinco advogados, de acordo com o MPF.
Ainda de acordo com o Ministério Público, nesta "fase 2 da Operação Tergiversação, as investiga coes, a partir das quebras de sigilo, do material colhido nas buscas e apreensões e de dois acordos de colaboração premiada, mostraram que as vantagens indevidas recebidas pelos integrantes da organização criminosa e reveladas ate o momento giraram em torno de R$ 10 milhões, sendo que os fatos criminosos objeto desta segunda fase envolvem pagamentos de propina de cerca R$ 4,3 milhoes de mais 11 empresários que eram investigados nas Operações Titanium e Viupostalis/Recomeco".
As diligências apontaram ainda que os integrantes da organização criminosa chegaram a cooptar colaboradores da Operação Titanium, oferecendo suborno para que fossem poupados das investigações, omitindo as informações que detinham acerca da participação dos empresários nas fraudes envolvendo a Gerencia de Saúde dos Correios.