O presidente Jair Bolsonaro realizará na tarde desta terça-feira (13/10) a primeira visita oficial ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A previsão é de que o chefe do Executivo se dirija às 14h para a Corte, onde se reunirá com o magistrado.
O encontro, no entanto, ainda não consta na agenda oficial de Bolsonaro, apenas na de Fux. A visita já estava agendada, mas ocorre em meio à polêmica liberação de André do Rap.
O traficante foi solto na última sexta-feira (9/10) por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello.
André do Rap é apontado como chefe do PCC e foi preso em 2019 em uma casa de luxo em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Na decisão da semana passada, o ministro Marco Aurélio argumentou que André estava preso desde o fim de 2019 sem uma sentença condenatória.
Na noite de sábado (10/10), o presidente do STF, Luiz Fux, suspendeu a decisão de Marco Aurélio Mello, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Fux levou em consideração o fato de André do Rap ser "de comprovada altíssima periculosidade".
No entanto, a Polícia Federal pediu ontem (12) que o nome de André do Rap passe a integrar a lista dos mais procurados da Interpol. Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, o traficante pode ter fugido do Brasil em direção ao Paraguai ou a Bolívia.
Nesta quarta-feira (14/10), o ministro Fux deverá levar o caso para julgamento dos demais ministros da Corte.
Caso PF
O presidente Bolsonaro ainda aguarda a decisão do STF sobre o depoimento que deverá prestar no âmbito da investigação de suposta interferência na Polícia Federal. Na última quinta-feira (8/10), o presidente do STF, Luiz Fux, suspendeu o julgamento que decidirá se o mandatário irá depor por escrito ou presencialmente. Ainda não há data para a retomada da votação. Na semana passada, apenas o relator, Celso de Mello, votou reafirmou a posição pelo depoimento presencial de Bolsonaro.
O caso é relativo ao inquérito que investiga suposta interferência política do presidente da República, após denúncia do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, em abril deste ano, quando pediu demissão do cargo. Celso determinou que o presidente deveria prestar depoimento presencialmente, o que foi contestado pela AGU.