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Advogado nega plágio de Kassio Marques e fala em "relação acadêmica"

Saul Taurinho Leal, autor de artigos cujos trechos constam na dissertação de mestrado apresentada pelo desembargador na Universidade Autônoma de Lisboa, diz que ideias fazem parte do mesmo "acervo pesquisado"

Sarah Teófilo
postado em 07/10/2020 22:17 / atualizado em 07/10/2020 22:22
 (crédito: Ramon Pereira/Ascom-TRF1)
(crédito: Ramon Pereira/Ascom-TRF1)

O advogado Saul Taurinho Leal, autor de artigos publicados em 2011 e que têm trechos idênticos na dissertação de mestrado do desembargador Kassio Nunes Marques apresentada em 2015, nega que tenha havido plágio por parte do colega. Nesta quarta-feira (7/10), foi noticiado de que a tese de mestrado de Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, possui parágrafos iguais a encontrados em textos do advogado em questão.

“Os artigos acadêmicos citados na referida reportagem são frutos de debates, discussões e troca de informações acadêmicas, que, em conjunto com o desembargador Kassio Marques, constituíram um acervo doutrinário comum para ser utilizado na produção acadêmica de ambos. Por isso, são infundadas as acusações feitas pela reportagem”, afirmou Leal.

As afirmações sobre a tese de Marques foram divulgadas pela revista Crusoé e pelo jornal O Globo, e confirmadas pelo Correio. A reportagem encontrou ao menos três trechos na dissertação do desembargador, apresentada na Universidade Autônoma de Lisboa, em Portugal, que foram também encontradas em artigos de Leal. Além disso, como mostrado pela revista Crusoé, o Correio observou que, ao examinar as propriedades do documento de PDF da dissertação de Marques, consta como autor o nome “Saul”.

“Venho a público esclarecer que há anos nutro uma relação acadêmica com o desembargador Kassio Marques, cuja trajetória profissional e acadêmica é orgulho para os juristas do Piauí, do Nordeste e do Brasil”, escreveu Leal.

Ele ainda completou: “No presente caso, as ideias expostas na dissertação do desembargador Kassio Marques são de sua autoria, até porque temos linhas doutrinárias absolutamente divergentes, guardando em comum tão somente parte do acervo pesquisado, fruto do esforço mútuo dos autores”.

 

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