CPMI

Frota diz à PF ter provas que ligam Eduardo Bolsonaro ao disparo de fake news

O deputado Alexandre Frota afirmou em depoimento à PF que computadores e e-mail ligados a Eduardo Bolsonaro foram usados para disparar fake news, afirma jornal

Correio Braziliense
postado em 06/10/2020 17:01 / atualizado em 06/10/2020 17:11
 (crédito: Evaristo Sá/AFP e Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Evaristo Sá/AFP e Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Em depoimento prestado em 29 de setembro, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) disse à Polícia Federal ter comprovação de que o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está ligado a um esquema de ataques virtuais contra opositores do presidente Jair Bolsonaro e familiares.

Segundo a Folha de S. Paulo, que teve acesso ao depoimento, realizado no último dia 29, Frota apresentou vários IPs de computadores de Brasília e do Rio de Janeiro usados na disseminação de fake news na internet.

Segundo o parlamentar tucano, os IPs estão ligados a um e-mail do filho 02 do presidente, declarado como seu endereço eletrônico oficial no registro de candidatura de 2018. Ainda segundo Frota, alguns dos IPs são de computadores que foram localizados em imóveis do Rio e de Brasília ligados a Eduardo.

As informações teriam sido obtidas na CPMI das Fake News, ainda em andamento no Congresso. Eduardo Bolsonaro não se manifestou sobre o caso.

Ataques cibernéticos

A CPMI das Fake News foi instalada em 4 de setembro do ano passado com o objetivo de apurar, no período de 180 dias, "ataques cibernéticos que atentassem contra a democracia e o debate público". Em 2 de abril, no entanto, a Mesa Diretora apresentou as assinaturas suficientes para a sua prorrogação. O requerimento foi lido e enviado para publicação, sendo que a comissão agora pode funcionar até 24 de outubro.

Eduardo Bolsonaro tentou impedir na Justiça a prorrogação da CPMI, mas não foi sucedido. Essa, por sinal, foi mais uma derrota da família em relação à comissão. O governo tentou impedir a instalação, mas falhou, e ainda viu a presidência e a relatoria ficarem a cargo de dois oposicionistas: Ângelo Coronel (PSD-BA) e Lídice de Mata (PSB-BA), respectivamente.

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