STF

Celso de Mello prorroga por 30 dias inquérito de possível interferência de Bolsonaro na PF

Delegada da Polícia Federal que preside investigação pediu mais prazo. Inquérito teve início após denúncia do ex-ministro Sergio Moro

Sarah Teófilo
postado em 05/10/2020 16:24
Celso de Mello fará, nesta semana, suas últimas participações em julgamentos no plenário -  (crédito: Nelson Jr./SCO/STF)
Celso de Mello fará, nesta semana, suas últimas participações em julgamentos no plenário - (crédito: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Celso de Mello prorrogou, nesta segunda-feira (5/10), por mais 30 dias o inquérito que investiga denúncia de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. A investigação teve início após afirmações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro no dia em que pediu demissão do cargo, em abril deste ano.

O pedido de prorrogação foi feito pela delegada da PF Christiane Correa Machado, que preside o inquérito. Celso de Mello deferiu a solicitação pontuando que “consideradas, de um lado, as razões por ela apresentadas e tendo presente, de outro, a expressa concordância manifestada pela douta Procuradoria-Geral da República (PGR)”.

Também nesta segunda-feira, o ministro pediu para que o presidente do Supremo, Luiz Fux, marque o julgamento sobre o depoimento de Bolsonaro no âmbito do inquérito. O decano da Corte determinou que o depoimento seja prestado pessoalmente, mas o presidente tenta fazê-lo por escrito. O recurso está para análise do plenário.

Agora, cabe a Fux decidir que dia colocará a questão em pauta. Celso de Mello se aposenta no próximo dia 13, tendo, então, suas últimas participações em julgamentos no plenário nesta semana.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação