Após a proeminente queda de Wilson Witzel no cenário político fluminense, o presidente Jair Bolsonaro vem acenando para o governador em exercício, Cláudio Castro. Na tarde de ontem, ambos participaram da inauguração de estruturas e entregas de equipamentos à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal na capital.
Durante o discurso, sem citar diretamente o governador Witzel, afastado em razão de um processo de impeachment, Bolsonaro disse que buscará, em conjunto com a Assembleia do estado, uma maneira de tirar o Rio de Janeiro da difícil situação em que se encontra e deixar certos personagens de política “para trás”.
“Obrigado a quem votou em mim e para quem não votou também, não tem problema. Juntamente com a Assembleia Legislativa e o nosso jovem governador (Cláudio Castro), vamos buscar uma maneira de tirar o Rio de Janeiro da situação difícil que se encontra. Nós somos o estado maravilhoso e, se Deus quiser, essa política será deixada para trás”, declarou, voltando a apostar em uma “nova política”.
Mês passado, quando Witzel foi afastado, o presidente ironizou a situação do opositor político. “O Rio está pegando... Está pegando hoje, hein?”. No início das investigações em junho, Bolsonaro já havia afirmado que não iria conversar com o governador por “saber onde ele deverá estar brevemente”, insinuando que o ocupante do Palácio Guanabara seria preso em breve.