O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, nesta quarta-feira (23), que o risco zero em relação a infecção por coronavírus só poderia ser atingido se não houvesse eleições. O magistrado apresentou, a representantes de partidos políticos, as medidas sanitárias que serão adotadas no pleito deste ano para dificultar a disseminação de coronavírus entre os eleitores.
Entre as ações apresentadas, está o uso de álcool em gel nas mãos antes e após ter contato com a urna eletrônica. Também será obrigatório o uso de máscaras, mesmo nas regiões onde não existe lei local tratando do tema. "O presidente do Senado pediu e obteve, junto ao Ministério da Saúde, 3 milhões de máscaras que serão distribuídas para quem estiver sem máscara. Não dá para todo mundo não. É só um pouquinho. Quem for sem máscara não poderá entrar na sessão", disse o presidente do TSE.
"Por recomendação da nossa consultoria sanitária, nós modificamos um pouco o fluxo natural da eleição. Então o eleitor chegará na sessão e vai se dirigir a mesa. Nós suprimimos a biometria para minimizar o risco de contágio e a identificação do eleitor vai ser exibindo o documento. O mesário lê e o segundo mesário registra... Como não tem biometria, terá que assinar a lista de votação. Então o eleitor vai higienizar as mãos com álcool gel, e assinar, com a própria caneta, se possível", detalhou Barroso.
"Se ele não tiver caneta, a sessão vai fornecer. Ele vai pegar o comprovante que votou, se precisa. Ele vota, vai embora, e na saída terá outro litro de álcool gel. Foram as recomendações da nossa consultoria sanitária, e estamos bem seguros de que isso minimizará o risco de contaminação. Risco zero, senhores, só se não tiver eleição. Só se a gente não sair de casa", ponderou o ministro do Supremo.