A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta segunda-feira (21/9) todos os 32 nomes indicados pelo Itamaraty para embaixadores. Os aprovados poderão chefiar embaixadas brasileiras em 43 países e em duas entidades internacionais. Os nomes agora irão passar pelo plenário da Casa nos próximos três dias. Dentre os países com indicações estão: Iraque, Congo, Costa do Marfim, Irã, Filipinas, Trinidad e Tobago, Ucrânia, Irlanda, Cabo Verde e Argentina.
Esta segunda-feira foi o primeiro dia de deliberações presenciais após seis meses, quando as ações estavam sendo apenas remotas devido à pandemia do novo coronavírus.
De todos os nomes indicados pelo Itamaraty e aprovados pela comissão, só duas mulheres: as diplomatas Ellen Osthoff Ferreira de Barros, aprovada para a embaixada do Brasil em Burkina Faso, e Regina Célia Bitencourt, indicada para Benim. Falta de representatividade foi criticada pelas senadoras Leila Barros (PSB-DF), Kátia Abreu (PP-TO) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).
Leila afirmou que existe um baixo aproveitamento das diplomatas mulheres nos principais postos do Ministério. Além disso, a parlamentar criticou o fato de que as mulheres são, em geral, indicadas a países de classe D (os países são classificados como A, B, C e D, com base no desenvolvimento e na importância à política externa brasileira).
“Coincidência ou não, elas têm sido indicadas a esses postos. Os postos mais importantes parece ser privativos a embaixadores. Nunca houve embaixadoras em Washington, Londres, Roma, Buenos Aires, Madri e Lisboa. Não há mulher chefiando embaixada de nenhum país na América do Sul, exceto na Guiana Inglesa. A única exceção é a embaixadora do Brasil na ONU (Maria Nazareth Farani Azevêdo), em Genebra”, afirmou.