O irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e assessor especial da Presidência da República, Arthur Weintraub, anunciou nesta terça-feira (15/9) que vai deixar o governo federal para trabalhar na Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em um vídeo publicado nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro, Arthur se despediu do chefe do Executivo e confirmou a ida para a OEA, onde será secretário de Acesso a Direitos e Equidade, um cargo de confiança.
"Estou triste porque vou deixar o cargo de assessor do presidente Bolsonaro. Quero dizer para ele que foi uma honra, de coração, foi uma honra ter trabalhado para o senhor, essa oportunidade que o senhor me deu", disse Arthur a Bolsonaro.
O presidente enalteceu Arthur e agradeceu o apoio que recebeu dele antes das eleições de 2018. "Dois anos antes das eleições, o Arthur e seu irmão acreditaram na gente. Fizemos uma viagem ao Japão, Coréia do Sul e Taiwan, também conversamos muito em um momento em que quase ninguém acreditava na gente e tivemos o sucesso da eleição", disse.
A saída de Arthur do governo Bolsonaro era especulada desde que o irmão dele deixou o comando do Ministério da Educação, em junho deste ano. À época, Abraham deixou o Brasil às pressas e foi para Washington (Estados Unidos), para trabalhar no Banco Mundial.
Arthur deve seguir o trajeto do irmão, visto que a sede da OEA fica na capital dos Estados Unidos. Ao saber da informação, Abraham comemorou nas redes sociais. "Vou rever meu irmãozinho! Finalmente ele está chegando!", escreveu.
Função
Segundo a OEA, a missão da Secretaria de Acesso a Direitos e Equidade (Sade) é "promover a agenda da equidade na região e apoiar os Estados membros nos seus esforços para monitorar os quadros normativos regionais que consagram direitos".
Arthur terá como obrigação, de acordo com a organização, "implementar políticas públicas e programas que geram o gozo desses direitos e uma maior inclusão e equidade, e, em geral, promover e facilitar o pleno gozo dos direitos dos cidadãos e cidadãs das Américas, em coordenação com medidas destinadas a reforçar a democracia, a segurança multidimensional e o desenvolvimento integral".
Ainda conforme a OEA, "a Sade prioriza os esforços que têm a equidade como objetivo, a inclusão social como processo, e a promoção do pleno gozo dos direitos humanos como estratégia".