R$ 7 milhões. Esse teria sido o valor recebido, desde 2001, por 11 pessoas suspeitas de agir como funcionários fantasmas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O valor, que foi atualizado para os dias de hoje, é mencionado em um ofício que integra a investigação que tem como alvo o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro. O documento foi divulgado pela Globo News, nesta sexta-feira (4/9).
Ainda segundo a reportagem, um dos assessores suspeitos, Guilherme Hudson, que ficou lotado por quase 10 anos no gabinete de Carlos Bolsonaro, recebeu R$ 1.476.780,60. O MPRJ diz ainda que apenas cinco dos servidores tinham crachá, o que dificultava o controle de quem era de fato funcionário do gabinete e quem agia como servidor fantasma.
O MPRJ abriu dois procedimentos para apurar o uso de funcionários fantasmas e a prática de rachadinha, como é conhecida a devolução de salários, no gabinete de Carlos Bolsonaro. O órgão se baseou em duas denúncias feitas pela revista Época, em junho do ano passado, segundo a qual o filho do presidente empregou sete parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro.
Carlos responde pelo Twitter
Carlos Bolsonaro usou sua conta no Twitter para comentar a reportagem da Globo News, questonando o fato de a emissora ter tido acesso a dados sob segredo de Justiça. "Como a Globo tem acesso a SEGREDO DE JUSTIÇA? O 'problema' agora é: FUNCIONÁRIOS RECEBEM SALÁRIOS AO LONGO DE 19 ANOS. Tão Inacreditável quanto é que pegar o último salário de cada pessoa e multiplicar pelo tempo trabalhado, ignorando os valores mais baixos dos anos anteriores", escreveu.