O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deixaria o cargo em novembro deste ano, decidiu antecipar a aposentadoria para o próximo dia 13. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro terá de correr para indicar um novo integrante para a mais alta corte do país. O magistrado vai deixar o cargo por conta da idade — ele completará 75 anos e vai se aposentar compulsoriamente. A notícia foi recebida com surpresa pelo Planalto, mas já mobiliza o chefe do Executivo e seus ministros para a escolha de um substituto.
Celso de Mello, que estava de licença médica, voltou ao trabalho nesta sexta-feira (25), e pode decidir sobre a investigação contra Bolsonaro em razão das acusações de que ele teria tentado interferir na Polícia Federal. A escolha do novo ministro compete ao presidente da República, mas precisa de aval do Senado.
Atualmente, o principal nome para ocupar o cargo é do ministro da Justiça, André Mendonça, ex-advogado-geral da União. Além de ser evangélico, perfil desejado pelo presidente, ele vem agradando Bolsonaro ao solicitar à Polícia Federal investigações contra críticos do governo.
Também aparecem no radar de Bolsonaro o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Otávio Noronha, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. Além deles, também está cotado o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo e pré candidato a prefeito de Santos (SP), Ivan Sartori.
Nas últimas semanas, apareceu no radar o nome do juiz federal William Douglas dos Santos, pastor, que tem apoio do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente que é acusado de liderar um esquema de rachadinhas no Rio de Janeiro.
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