Após ao menos cinco autoridades testarem positivo para coronavírus depois da participação na posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no dia 10 deste mês, a Corte publicou, nesta quinta-feira (17/9), uma nota de solidariedade aos que foram contaminados, desejando "ampla recuperação" a quem teve contato com o vírus.
Na manifestação, ocorrida após reportagens da imprensa que destacaram a disseminação do vírus em pelo menos dois eventos em Brasília que envolveu integrantes do mundo jurídico, o Supremo informou que também está entrando em contato com os convidados do evento para alertar sobre a necessidade de procurar orientação médica caso tenham sido expostos.
"Diante de informações da imprensa acerca da contaminação de autoridades pelo novo Coronavírus, a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) vem prestar solidariedade e votos de ampla recuperação aos que eventualmente contraíram a Covid-19", diz um trecho da nota divulgada pela Corte.
Ainda de acordo com o Supremo, "a Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS) do Tribunal também está atenta e à disposição dos servidores para orientá-los sobre eventual realização de testes e procedimentos a serem adotados em casos positivos".
Pelo menos 50 pessoas estavam no plenário no dia da posse, o que representa cerca de 20% da capacidade. Painéis de acrílico foram fixados entre os ministros e convidados, assim como uso de álcool em gel e máscara. No entanto, alguns convidados foram vistos tirando fotos sem o uso de máscaras e tendo contatos físicos uns com os outros. Além do ministro Fux, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, os ministros Luis Felipe Salomão, Antonio Saldanha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, também foram infectados. No sábado, nomes do mundo jurídico também se reuniram para o casamento da advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro João Otávio Noronha, do STJ.
"O STF, desde o início da pandemia, tem demonstrado elevado senso de responsabilidade, seja ao dar prioridades aos julgamentos de casos que envolvam a covid-19, seja ao implementar trabalho remoto para seus servidores e colaboradores ou mesmo ao implementar ferramentas tecnológicas que permitam a efetiva prestação jurisdicional, preservando o distanciamento social e a segurança dos operadores do Direito", completa a nota divulgada pelo Supremo.
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