A Polícia Federal intimou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filhos do presidente Jair Bolsonaro, a depor como testemunhas no inquérito que investiga o financiamento e a organização de atos antidemocráticos, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O inquérito foi instaurado em abril deste ano, após pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. O presidente Jair Bolsonaro havia estado em um desses atos, mas seu nome não foi incluído na investigação, apesar dos pedidos de partidos de oposição.
O ministro Alexandre de Moraes foi quem autorizou a abertura de investigação. O estopim, que gerou pedido de Aras, foi uma manifestação no dia 19 de abril, dia do Exército, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Foram vistos cartazes pedindo o fechamento do STF e por um novo ato institucional número 5 (AI-5), considerado um dos atos mais duros da Ditadura Militar.
Em junho, Moraes determinou a quebra de sigilo de 10 deputados federais e um senador bolsonaristas no âmbito do inquérito, a partir de um pedido da PGR. Parlamentares também foram alvo de busca e apreensão.
Naquele mês, em pedido de cautelares, a procuradoria-geral ressaltou a relação entre deputados e as manifestações, e falou ainda que sites e youtubers bolsonaristas lucram com a divulgação de conteúdo relativo aos protestos, sendo que transmissões ao vivo com a participação do presidente Jair Bolsonaro são especialmente lucrativas.
Em junho, no âmbito dessa investigação, o ministro Moraes determinou a prisão preventiva de extremistas que apoiam Bolsonaro
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