Na live, entre o apoio e a cobrança

A live de ontem à noite do presidente Jair Bolsonaro alternou afagos e alfinetadas em Paulo Guedes. Quando tratou do valor do auxílio emergencial, disse que o país não tem condições de seguir gastando R$ 50 bilhões por mês, por mais quatro meses, e que R$ 600 não é muito para quem recebe, mas custa muito aos cofres públicos — concordando com o ministro da Economia. Mas, disse que R$ 200 é pouco, deixando um recado. “Temos notícia de que a economia, do Paulo Guedes, está reagindo. A gente espera que aconteça”, cobrou.

Em seguida, deixou claro que a ala tarefeira do governo está em alta, ao elogiar o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas. “Vai viver com R$ 600? Muitos dizem que o dinheiro é nosso. Não, é endividamento. São R$ 50 bilhões por mês. Eu queria R$ 50 bilhões na mão do Tarcísio. Em um ano, ele resolveria todos os problemas de infraestrutura do país”, afirmou.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que participou da live, brincou e pediu R$ 5 bilhões para a pasta. Bolsonaro disse que o orçamento da Infraestrutura, em 2021, será de R$ 8 bilhões, e voltou a falar no auxílio. “Tenho conversado com a equipe econômica, com Paulo Guedes. Eu digo que R$ 200 é pouco, mas não dá para manter os R$ 600. É pouco para quem recebe, mas muito para quem paga”, disse.