A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o prazo de 48 horas para que o Banco Central explique a adoção da nota de R$ 200. De acordo com a decisão, o caso deve ser esclarecido pelo presidente da instituição financeira, Roberto Campos Neto.
A magistrada atendeu pedido do Podemos, Rede e PSB, assim como de outras entidades civis, entre elas organizações de combate à corrupção. Na ação, os autores alegam que a adoção da nova nota facilita o cometimento de crimes financeiros, como corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, ocultação e evasão de divisas.
A ação apresentada na Corte afirma que a nota de R$ 200 favorece o "armazenamento e o transporte de recursos obtidos ilegalmente e dificultando a rastreabilidade das respectivas transações". os argumentos foram rebatidos pelo Banco Central, em nota.
A instituição financeira afirmou que não existe risco de hiperinflação, ou do aumento de falsificações. O banco alega que a decisão de lançar a nova nota se deve a maior necessidade de dinheiro em espécie, em razão da pandemia e do pagamento do auxílio emergencial.
Cármen Lúcia dá 48 horas para Banco Central explicar nota de 200 reais