Após encontro com o presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (12/8), os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reforçaram o comprometimento com o teto de gastos e com o ajuste fiscal. Esse foi o principal tema da conversa no Palácio da Alvorada, da qual também participaram lideranças do governo e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que perdeu nomes importantes da equipe nos últimos dias.
"Reafirmamos nossos compromisso com o teto de gastos e com a boa qualidade do gasto público", disse Maia. Segundo ele, "reafirmar esse tema é reafirmar nosso compromisso com o futuro do nosso país". O deputado lembrou que "ainda há muito o que fazer" nesse sentido, com propostas que já tramitam no Congresso e, hoje, estão paradas.
Além do compromisso de manter o teto de gastos, o presidente da Câmara mencionou a regulamentação dos gatilhos para corte de gastos públicos, prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. Projetos nesse sentido vão "dar as condições de melhor administrar o Orçamento", acredita.
O presidente da Câmara também reforçou o avanço na reforma tributária e voltou a cobrar que o governo envie a proposta de reforma administrativa, "assim que o presidente entender importante". "A Câmara está pronta para debater, discutir e aprovar uma reforma que tem apenas um objetivo: melhorar a qualidade do gasto público e a qualidade do serviço público", disse.
"Precisamos formar esse convencimento da sociedade da reforma administrativa e do pacto federativo", pontuou Alcolumbre. O senador lembrou que o Congresso tem votado propostas importantes para ajudar na solvência das empresas e na manutenção empregos durante a pandemia. Ele considerou a conversa no Palácio da Alvorada importante para "nivelar as informações dessa agenda de responsabilidade fiscal".
Alcolumbre ressaltou que o Congresso "nunca faltou ao governo" e disse "ter certeza" que a sociedade compreende que há uma interação positiva entre os dois Poderes. "A gente conseguiu avançar muito nesse um ano e meio à frente do Parlamento e dar as respostas que o governo esperava do Congresso", afirmou.