As investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) apontam que o escritório de advocacia da primeira-dama do Rio de Janeiro, Helena Witzel, era usado para lavar dinheiro. O local era usado, de acordo com o MPF, para intermediar pagamento de propina ao governador do estado, Wilson Witzel, que foi afastado do cargo, nesta sexta-feira (28/8), por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O local recebeu R$ 554 mil entre 13 de agosto de 2019 a 19 de maio de 2020, mesmo sem ter nenhum outro funcionário. Ambos, o governador e primeira-dama, estão entre os denunciados pela Procuradoria Geral da República por corrupção na área de saúde.
O Ministério Público afirma que foi montado um esquema de pagamento de propina na contratação emergencial de organizações sociais. Além da saúde, as fraudes também teriam ocorrido na área de educação. Helena Witzel foi alvo de um mandado de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras.
Os procuradores apontam que ela recebeu pagamentos de R$ 15 mil da DPAD Serviços Diagnósticos LTDA, desde agosto do ano passado. O total repassado foi de R$ 105 mil. A empresa tem contrato com o governo carioca.
Os investigadores encontraram dois e-mails de Witzel para a primeira-dama com a minuta de contratos a serem firmados entre o escritório dela e o Hospital Jardim Amália (Hinja). De acordo com a denúncia, "apesar de ser advogada e ser quem figurava como contratada, não participou diretamente da negociação do próprio contrato de prestação de serviços advocatícios”.
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