Um ato organizado por grupo de pessoas anônimas posicionou uma placa, na manhã desta quinta-feira (27/8), em frente ao Palácio do Planalto com a seguinte pergunta: “Jair Bolsonaro, por que sua esposa, Michelle Bolsonaro, recebeu 89 mil reais de Fabrício Queiroz?”.
O questionamento aumentou nos últimos dias após o presidente evitar responder a pergunta em entrevistas e se mostrar irritado. No último domingo (23/8), ao ser questionado sobre supostos depósitos feitos por Fabrício Queiroz — ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e investigado por um esquema de "rachadinha" — na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente respondeu que tinha vontade de "encher de porrada" a boca do jornalista.
A pergunta se referia a uma informação divulgada no começo do mês pela revista Crusoé, após quebra do sigilo bancário de Queiroz, de que o ex-assessor repassou R$ 72 mil em cheques a Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2016. Além disso, o jornal Folha de S. Paulo informou que Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, repassou R$ 17 mil para Michelle em 2011, totalizando, ao menos, R$ 89 mil depositados.
Nessa quarta-feira (26/8), após a solenidade de religamento do Forno I da Usiminas, em Ipatinga, o chefe do Executivo voltou a atacar a imprensa e se absteve de responder questionamentos relacionados ao assunto. "Com todo o respeito, não tem uma pergunta decente para fazer? Pelo amor de Deus", esbravejou.
Bolsonaro ainda foi perguntado por um jornalista do jornal O Globo sobre os depósitos. O presidente prontamente respondeu: "Deixa de ser otário, rapaz" e mudou de assunto. Nas redes sociais, internautas e personalidades também tem repetido a pergunta e cobram explicação por depósitos de Queiroz à primeira-dama.
Foz do Iguaçu
Em viagem a Foz do Iguaçu nesta quinta-feira (27/8), onde o presidente Jair Bolsonaro visitou obras do aeroporto e participou do lançamento da Pedra Fundamental para a duplicação da BR-469, o mandatário foi recebido com uma faixa de cerca de 3 metros e com dizeres garrafais repetindo a pergunta.
Em uma cena quase que diária, Bolsonaro também não utilizou máscara na chegada ao local. Em meio a aglomeração, cumprimentou apoiadores com apertos de mãos e tirou fotos.
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