O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, encaminhou nesta terça-feira (11/8) ao Congresso Nacional o dossiê que investigou 579 servidores da área de segurança pública e professores que se opõem ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Eles foram identificados como integrantes do "movimento antifascista". O documento foi produzido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi).
O relatório, de mais de 400 páginas além de outros documentos, foi entregue em um CD à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI). Por enquanto, apenas o presidente da comissão, Nelsinho Trad (PSD-MS), tem acesso ao conteúdo, quando é preciso de uma senha para abri-lo. A referida senha foi disponibilizada mediante a assinatura de um termo de confidencialidade. O parlamentar disse que ainda não abriu o documento.
Trad, que integra a comitiva brasileira que irá levar ajuda humanitária ao Líbano na próxima quarta-feira (12), disse que irá se reunir com os integrantes da comissão na próxima semana. Ela é composta por seis senadores e seis deputados, dentre eles o filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). De acordo com o senador, os integrantes da comissão que manifestarem interesse em acessar relatório terão que assinar também um termo de confidencialidade.
O Ministério da Justiça informou em nota que encaminhou à comissão as "informações e documentos necessários para a realização da atividade de controle e fiscalização externos da atividade de inteligência". A pasta disse ainda solicitou à Polícia Federal a abertura de inquérito policial para apurar o vazamento de informações e conteúdos do dossiê.
A existência do dossiê foi revelada pelo portal UOL. De acordo com o senador, o documento não foi solicitado ao ministro, e ele se dispôs a encaminhá-lo após audiência fechada na comissão na última sexta-feira (7). Na ocasião, André Mendonça confirmou a existência do relatório, mas não detalhou conteúdo.
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