Governo quer ampliar banco de dados da PF para 200 milhões de perfis

Iniciativa tem como foco disponibilizar informações para o combate à criminalidade e auxiliar serviço de inteligência da corporação

O Ministério da Justiça pretende criar um novo sistema de identificação criminal dos brasileiros. A intenção é dar a Polícia Federal a capacidade de identificar, por biometria, qualquer cidadão em território nacional, de forma rápida e segura, para uso em ações de combate à criminalidade. O assunto foi tema de um encontro do titular da pasta, André Mendonça, com secretários de segurança dos estados.

Atualmente, a PF conta com um banco de dados com 23 milhões de perfis, baseado em informações colhidas de passaportes, registros de crimes e autorização de posse e porte de armas de fogo. No entanto, o novo sistema deve cadastrar mais de 200 milhões de brasileiros.

A corporação aponta que a ferramenta é fundamental para ampliar e tornar mais eficiente o combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas, tráfico de pessoas, corrupção e auxiliar nas atividades de inteligência. A própria PF levou o projeto, que é defendido por especialistas em segurança pública, para o ministro André Mendonça.

O assunto foi levado até os secretários de segurança, por meio de videoconferência, e encontrou boa receptividade nos estados. O custo deve ser de R$ 90 milhões, a ser bancado por verba do Fundo Nacional de Segurança Pública. A coleta dos dados, além de contar com os estados, deve contar com informações de outros órgãos públicos, como a Justiça Eleitoral.

De acordo com informações obtidas pelo Correio, o tema está avançado. Mendonça deve apenas conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto e assinar o termo que autoriza o repasse da verba.