De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Vitória (ES) possui o quarto melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os 5.565 municípios do Brasil. Com investimentos em infraestrutura, saúde, economia, educação, assistência social e segurança, a cidade tem se destacado por possuir um grande potencial de crescimento e desenvolvimento.
Em junho, o município lançou o programa Vix + Cidadania, com intuito de combater a extrema pobreza em Vitória. Estima-se que mais de cinco mil famílias receberão o benefício, que será concedido mensalmente no valor de R$ 105,01 por pessoa. O investimento realizado é de R$ 13,6 milhões, com recursos próprios.
O prefeito, Lorenzo Pazolini, destacou que Vitória será a única capital no país a erradicar a extrema pobreza. "Esse é o mais robusto plano da Assistência Social em todo o estado do Espírito Santo. Esse programa é o fruto de toda essa reorganização financeira implementada no município. É algo inédito no país. Nenhuma cidade adotou uma política pública dessa magnitude para alcançar esse número de famílias em um único município", reforçou.
Além disso, a capital capixaba também tem se destacado no que diz respeito ao turismo da região. No mês de março, a pesquisa realizada pela Consultoria Hoteleira CoHotel indicou que Vitória foi a cidade com a maior taxa de ocupação da rede hoteleira em 2021, atingindo 58% da hospedagem total. Fortalecendo a imagem turística, Vitória também foi o único município do Espírito Santo a receber nota A no Mapa do Turismo 2022, elaborado pelo Ministério do Turismo.
Era avaliado que Vitória vinha perdendo protagonismo nos últimos anos. Atrelado a isso, ainda havia uma desigualdade crescente em que uma região da cidade estava abandonada, sem receber investimentos, sofrendo com falta de infraestrutura e crescente violência.
Na visão de Regis Mattos, secretário de Gestão e Planejamento da Prefeitura de Vitória, era necessário recuperar a capacidade de investimento com recursos próprios. Em 2021, era de apenas R$ 9 milhões em um orçamento de pouco mais de R$ 2 bilhões.
“Para mudar essa realidade, nos primeiros meses de gestão, foi realizado um ajuste fiscal que envolveu diversas áreas. Com o objetivo de auxiliar na economia local, também houve a renegociação de contratos, redução de despesas com passagens aéreas, diárias, horas extras, além da redução de quase 50% dos cargos comissionados e qualificação dos gastos públicos”, comenta Mattos.
Os ajustes permitiram ao prefeito Lorenzo Pazolini lançar o Plano Vitória, que contempla R$ 1 bilhão de reais em investimentos em todas as regiões do município até 2024, sendo que nestes mais de 500 dias de gestão já foram lançados R$ 591 milhões em investimentos, representando mais de R$ 1 milhão por dia.
Para os próximos passos, a prefeitura busca avançar na construção de uma cidade mais igualitária para a população. A ideia é consolidar o planejamento para levar à frente a execução dos investimentos já anunciados, especialmente nas áreas que possuem maior necessidade, como na Orla de São Pedro, na região Noroeste, e nas áreas elevadas da cidade.
O Centro Histórico também receberá uma atenção especial para a sua requalificação. Com isso, serão implementadas obras para a restauração do Mercado da Capixaba; a recuperação do Mercado e Peixes; a urbanização das Ruas Sete e Gama Rosa; e o histórico Colégio São Vicente. Juntamente a essas ações, será elaborado o Plano Estratégico do Centro de Vitória para desenvolver a região de forma econômica e social.
Para os próximos 500 dias, estão previstas várias entregas de obras e serviços em todos os bairros da cidade e em todas as áreas de atuação, como saúde, educação, segurança, mobilidade, urbanismo, drenagem, cultura, esportes, meio ambiente, dentre outros.
Toda a movimentação tem trazido grandes resultados para a cidade. Segundo o índice FipeZap, Vitória foi a capital brasileira com maior valorização do mercado imobiliário em 2021. Já no primeiro trimestre de 2022, a região capixaba se destacou com a maior geração de empregos formais no estado do Espírito Santo, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Retomada da Economia
Marcelo de Oliveira, secretário de Governo, Desenvolvimento da Cidade e Habitação da prefeitura de Vitória, destaca que foi estruturada uma grande força-tarefa em janeiro de 2021, com a criação de um Comitê Integrado, para que a cidade pudesse enfrentar os desafios impostos pela pandemia. Em relação à vacinação, a cidade foi considerada uma das capitais com os maiores percentuais de imunização completa contra o coronavírus no ano passado, segundo levantamento da consultoria Urban Systems.
"Vitória se tornou a capital com a maior transparência e também eficiência na aplicação de vacinas. Todo o agendamento foi feito de forma on-line, sem nenhuma burocracia, e a aplicação das vacinas, sem fila. Isso fez com que Vitória alcançasse os maiores índices de vacinação do Brasil, o que permitiu ao município, em 2021, mesmo em um período ainda pandêmico, se tornar a cidade com a maior taxa de ocupação hoteleira do país", contextualiza
Após um ano e meio, a gestão atual conseguiu preparar a cidade para a retomada do crescimento capixaba. O primeiro trabalho foi no sentido de desburocratizar o licenciamento no município. Vitória hoje tem uma das legislações mais modernas do país.
“Realizamos, a reformulação do licenciamento de obras, Vitória é uma das poucas cidades onde existe a classificação de risco de obras, possibilitando que empreendimentos obtenham suas licenças de construção em até 48 horas. Outra mudança importante foi na legislação ambiental, que já tinha mais de 20 anos de existência, possibilitando a emissão rápida da Licença Simplificada e até a dispensa de licença para obras de pequeno e médio porte. Essas medidas permitiram que Vitória se tornasse a cidade no Espírito Santo com mais lançamentos imobiliários, em 2021 e 2022, o que foi fundamental para a retomada da economia do munícipio”, diz o secretário.
Além disso, a capital reduziu significativamente os índices de violência. Em 18 meses, foram menos 43% de feminicídios, resultado de um política pública que oferece ações integradas e de proteção e apoio à mulher, visando torná-la protagonista da própria vida.
Matéria escrita pela jornalista Gabriella Collodetti