A educação infantil é uma das mais importantes fases na vida de uma criança. É nesse momento que são desenvolvidos instintos de responsabilidade, solidariedade, cooperação e autoconfiança, determinando, assim, a personalidade deste indivíduo. Por isso, um ótimo acompanhamento durante as primeiras etapas educacionais é imprescindível para o desenvolvimento humano.
Em um bate-papo com a subeditora da Revista do Correio, Sibele Negromonte, durante live do projeto “Escolha a escola do seu filho”, a orientadora pedagógica de educação infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília, Laura Magalhães, falou sobre a importância do tema.
"Imagine a construção de um prédio... a sua base é o mais importante. Se aquela estrutura estiver bem fortalecida, eu construo toda a minha história, toda a minha personalidade e o que irei levar para o futuro. E isso acontece na primeira infância, dos 0 aos 6 anos" Sibele Negromonte, subeditora da Revista do Correio.
A educação de qualidade, durante este período, influencia fortemente no desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social. Para isso, a escola precisa oferecer um plano pedagógico que estimule a criança a aprimorar suas habilidades de linguagem, comportamento, independência e inteligência emocional. Para Laura, investir no primeiro ensino é importantíssimo. “Investir na educação infantil é mais importante que no ensino médio, porque o que se consolida ali, dificilmente ele vai desaprender para aprender de novo em toda a sua experiência social, relacional e cognitiva”, explica a orientadora.
No Colégio Presbiteriano Mackenzie, este assunto é levado a sério, através de métodos tecnológicos desenvolvidos para que este indivíduo tenha um processo contínuo de construção do ser humano em relação ao meio, através de um ambiente que promova a autonomia, independência e criatividade. Entre as diversas atividades, são oferecidas aulas de inglês, música, artes, educação física, natação, ensino religioso e o Lego Zoom Education.
Aprendendo para nunca esquecer
O principal método utilizado pelo Mackenzie é a aprendizagem significativa. Em abordagens que partem de conhecimentos prévios e articulam-nos com os novos, por meio de metodologias criativas, confere-se sentido a situações cotidianas e a experiências do discente. Ou seja, o aluno recebe estímulos que o levam, de fato, a aprender, e não apenas a memorizar, de modo que esses conhecimentos adquiridos não são esquecidos com o tempo. Nesse processo, o que foi aprendido anteriormente ganha novos significados, dando uma maior estabilidade cognitiva.
Ensino durante a pandemia
Com a pandemia, muitas escolas tiveram de se adaptar aos novos formatos de ensino. Assim como os professores precisaram levar as aulas para o ambiente on-line, foi de extrema importância o apoio dos pais para que as crianças não ficassem prejudicadas nesse início do período de aprendizagem.
No Colégio Presbiteriano Mackenzie, não foi diferente. “A gente teve que fazer uma adaptação de atividades síncronas e assíncronas. Então, eles interagiam diretamente com um professor, ao vivo, por até 50 minutos. Em outras atividades, foram desenvolvidas videoaulas, tarefas conduzidas e atividades”, declarou Laura Magalhães.
Se houve diversos desafios, também houve significativos avanços durante o regime de excepcionalidade. Laura conta que houve maior integração entre a escola e as famílias. “A pandemia trouxe essa parceria. Os pais tiveram de se tornar, do dia para a noite, professores e educadores”, relata.
Agora, com o retorno às aulas presenciais, foi preciso um novo processo de adaptação. A orientadora conta que essas crianças passaram cerca de mais de um ano em contato integral com a família, tendo agora que dividir a atenção de um professor com outros alunos. “Essa criança vivia em um ambiente mais controlado. Agora, ela tem de lidar com conflitos, frustrações e uma rotina coletiva. Sempre fizemos um processo de adaptação mais intenso no maternal. Este ano, fizemos em todas as séries, porque todas as crianças sentiram esse tempo em casa, precisando se readaptar à vida escolar”, explica a especialista.
Texto escrito pela jornalista Suzanny Costa