Programas sociais têm sido de extrema importância para auxiliar famílias em vulnerabilidade social a passarem pelos momentos de dificuldade impostos pela pandemia. Os programas Prato Cheio e Cartão Gás são dois dos programas criados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) como medida de enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes dos efeitos da covid-19. Desde sua implementação, o Prato Cheio já ajudou mais de 100 mil famílias e o Cartão Gás auxiliou mais de 70 mil. Entenda como os programas funcionam e quais famílias têm direito de acesso.
Vigente desde agosto deste ano, o Programa Cartão Gás já beneficiou mais de 70 mil famílias que moram na capital. O benefício de caráter emergencial consiste na concessão de auxílio financeiro, em parcelas sucessivas a cada dois meses no valor de R$ 100,00, para aquisição do gás de cozinha, o GLP de 13kg. A assistência, que pretende durar 18 meses, deve contemplar cada família com, pelo menos, nove auxílios.
Com o objetivo de auxiliar famílias que estão passando por dificuldades em adquirir gêneros alimentícios, o Programa Prato Cheio concede um cartão bancário com crédito de R$250 reais por mês para ajudá-las a sair da situação de insegurança alimentar e nutricional. Para cada família o programa tem a duração de ciclos de seis meses. Após o término do período é necessário que o chefe de família cadastrado procure novamente o CRAS para uma nova avaliação e pedido de retorno ao programa.
Segundo as orientações da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), a vantagem do programa é a de que “por meio de um cartão bancário, o beneficiário pode fazer a escolha de alimentos, de acordo com a sua preferência e necessidade, para compor uma alimentação saudável que atenda aos hábitos e costumes da família”. Um outro benefício, em relação à economia da cidade, ao comprar alimentos no comércio perto de casa, o Prato Cheio ajuda a “promover a movimentação da economia local gerando emprego e renda para aquela localidade”.
Quem pode ser contemplado com os benefícios
Famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e inscritas no Cadastro Único (CadÚnido), moradores do DF e que tenham idade igual ou superior a 16 anos podem ser atendidas com os cartões. Para ter direito ao cartão Prato Cheio ainda é necessário comprovar que está em situação de insegurança alimentar.
Após inscrição no CadÚnido e solicitação de inclusão no programa, é preciso aguardar a ligação do CRAS agendando atendimento. Questionada a respeito de uma possível demora na inclusão aos programas, a SEDES explicou que o atendimento socioassistencial pode
realmente levar um pouco mais de tempo pois “requer uma escuta qualificada das demandas do cidadão, necessitando muitas vezes, inclusive, de visitas domiciliares”.
Para saber se foi contemplado ou quando e onde buscar o cartão, acesse o site GDF Social. Em caso de dúvidas ou reclamações é possível entrar em contato com a Secretaria por meio da ouvidoria, no telefone 162.
Como fazer a utilização do dinheiro
Para utilização do valor disponível no cartão Prato Cheio, é possível adquirir alimentos no comércio mais próximo de sua residência. O cartão Gás funciona na função débito em estabelecimentos cadastrados pelo governo. É possível consultar a lista de empresas parceiras do programa aqui.
Cadastro Único
Para ter acesso aos programas sociais disponibilizados pelo GDF é necessário que as famílias estejam cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico). O sistema é um registro que permite ao governo saber quem são e como vivem as famílias de baixa renda no Brasil. Para participar é necessário ter o cadastro sempre atualizado. O cadastramento não é feito pela internet. É preciso ir até o setor responsável pelo Cadastro Único em cada cidade para se inscrever.
No Distrito Federal o cadastro é realizado por meio dos 29 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), dos 12 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), dos 16 Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, dos dois Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centros Pop) e uma Unidade de Proteção Social (UPS 24 horas), além das unidades de acolhimento.
Para evitar aglomerações, é necessário realizar agendamento. Para mais informações acesse o site da Sedes. Após agendamento a família deve aguardar a Secretaria entrar em contato informando horário, local e data de atendimento.
Na última semana, o GDF anunciou a abertura de mais 14 pontos de locais de atendimento do Cras, “montados em regiões de maior vulnerabilidade do Distrito Federal, reforçando o trabalho que já é executado pelas unidades socioassistenciais e órgãos parceiros”. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), “o Cras é a porta de entrada para o cidadão acessar a proteção social básica, assim como outras políticas públicas”.
Ainda segundo a Secretaria, de acordo com dados analisados até setembro de 2021, o DF tem atualmente 186.862 famílias inscritas no Cadastro Único.