A paixão do brasileiro pelo café faz com que não exista dia e hora específica para o seu consumo. Seja no calor ou no frio, uma boa dose da bebida é sempre bem-vinda. Dessa forma, o mercado para esse segmento está sempre aquecido.
Foi com esse sentimento que Antonello Monardo, italiano da cidade de Reggio Calabria e morador de Brasília desde 1992, adentrou ao setor, criando, junto com a esposa Gabriela Magalhães Rosa Monardo e o sócio Odilon Oliveira, o Club Brasil Café, plataforma que reúne e distribui os cafés intitulados como especiais.
De acordo com a Associação dos Cafés Especiais do Brasil (BSCA), o termo faz referência aos grãos isentos de impurezas e defeitos; e que possuem atributos sensoriais diferenciados.
“Nós acreditamos que todo brasileiro tem o direito de tomar um bom café. Por isso, surgiu a iniciativa, em 2021, de unir os melhores produtos produzidos no país”, explica. O empresário ressalta que o e-commerce é um canal de vendas para oferecer praticidade. As entregas são feitas em todo o país e, para o Distrito Federal, não há custo de frete.
“Seja para o brasiliense ou para o brasileiro em geral, oferecemos a possibilidade de cada cliente receber, na própria casa, os melhores cafés especiais que vêm diretamente dos produtores e de todas as regiões cafeeiras do Brasil”, contextualiza.
Monardo explica que a atuação neste segmento foi uma escolha natural, especialmente devido ao seu avô que, no início do século passado, veio para o Brasil, para uma região no interior de São Paulo, para trabalhar em uma lavoura de café.
O sentimento familiar, para o italiano, é muito comum, visto que as pessoas tendem a possuir memórias afetivas da mãe, do pai ou dos avós chamando para tomar café.
"A lembrança vem junto com o cheiro da mesa posta, invade a alma e nos remete a memórias intocáveis. O café tem esse poder. Ele abraça, acolhe e preenche." Antonello Monardo.
Em conjunto com essa sensação, o café possui ações nutracêuticas, segundo o empreendedor, que estão ligadas à qualidade de vida e ao bem-estar. Dessa forma, o momento do café, presente no dia a dia da maioria das pessoas, é considerado revitalizante.
Para quem ama café
Além dos itens oferecidos no Club Brasil Café, os clientes podem receber, a cada mês, produtos específicos da loja. Na prática, os assinantes optam por um dos três planos disponibilizados pelo clube e, após a decisão, recebem de dois a quatro pacotes de 250g de cafés especiais. Para manter o sabor e o frescor na hora do consumo, todos os pacotes vendidos são em grãos.
“A ideia de provar todos os cafés e, caso o cliente tenha interesse em um produto específico, poderá fazer a compra avulsa com um desconto de 15%, sendo associado. Além disso, a primeira entrega contempla o encaminhamento gratuito de um moedor elétrico, com o passo a passo de como fazer uma moagem perfeita, dependendo do método de extração do café”, contextualiza o empresário.
Para quem deseja aprofundar os conhecimentos acerca da bebida para apreciar corretamente os produtos oferecidos no e-commerce, Monardo também possui a solução: por meio do seu curso, ele consegue desvendar as especificações do café e, dessa forma, formar baristas neste segmento.
"Dia cinco de novembro ministrei o meu 167º curso de barista e a nova edição será no próximo sábado (26). Normalmente, 50% a 60% dos participantes são apreciadores, fascinados pelo produto, pessoas que investem para poder entender um pouco mais e, assim, poder tomar bons cafés”, pontua.
Mercado
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o consumo de café obteve uma alta de 1,71% em 2021, chegando a 21,5 milhões de sacas. A entidade apresenta, anualmente, os indicadores que reforçam a importância da bebida para os brasileiros e para a indústria nacional. Os dados coletados revelam ainda que, no ano passado, o Brasil manteve a posição de segundo maior consumidor do mundo.
No que diz respeito à produção, em grãos, o Brasil liderou com 32% do mercado internacional, correspondendo a 3,4 milhões de toneladas, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além disso, o país também foi responsável por mais de um quarto das exportações mundiais, comercializando 2,2 milhões de toneladas.
Matéria escrita pela jornalista Gabriella Collodetti.