Ensino Fundamental focado no cidadão do futuro

Cultura da inovação e da criatividade aprimora aptidão dos estudantes brasileiros

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postado em 08/11/2022 07:00 / atualizado em 08/11/2022 12:42
 (crédito: Camila Joanita)
(crédito: Camila Joanita)

Referência na Educação Infantil, a escola Arara Azul tem fortalecido a sua atuação no Distrito Federal com a implementação do Ensino Fundamental (Anos Iniciais), há meia década, destinado às crianças de seis a dez anos. Localizada em Águas Claras (SMPW Quadra 5), a instituição aperfeiçoou o ensino na cidade apostando em inovação, criatividade e sustentabilidade.

Com abordagens ambientais, o colégio está presente em uma área verde de 25 mil m². Devido a amplitude do espaço, além das aulas padrões, a Arara Azul estimula o contato com a natureza e com os animais para que a formação dos estudantes seja completa, humanizada e diferenciada.

No âmbito curricular, a matriz para o Ensino Fundamental I, responsável por englobar os alunos do 1º ao 5º ano, contempla a valorização da ciência, da arte e da cultura em um processo de sistematização de conteúdos. Dessa forma, além das disciplinas padronizadas no escopo escolar, há o fortalecimento da aprendizagem com a troca de experiências práticas.

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), essa etapa da educação básica valoriza situações lúdicas de aprendizagem e aponta para a articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Nesse aspecto, são ampliadas também as iniciativas que contemplam o desenvolvimento da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e representação

Considerado um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais, a BNCC ainda indica que, nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Dessa forma, a presença pedagógica se faz necessária para o crescimento pessoal e, futuramente, profissional.

"Acreditamos na educação como caminho elementar para a formação do ser humano, capaz de atuar na comunidade em que vive e no seu comprometimento enquanto cidadão do futuro" Niara Borges, diretora pedagógica da escola Arara Azul.

Segundo estudo apresentado no World Economic Forum, em 2020, características como inovação, criatividade, solução de problemas, aprendizagem contínua e resiliência estão entre as habilidades que configuram o mercado de trabalho dos próximos anos.

Nesse sentido, para promover o desenvolvimento dessas competências, a escola tem utilizado metodologias ativas para transformar o processo de ensino-aprendizagem. Com isso, são aplicados desafios reais e globais para que os estudantes consigam aprimorar as aptidões que os tornarão cidadãos completos para o futuro.
Esse cenário pede uma busca constante pelo crescimento interpessoal dos estudantes. Ciente dessa demanda, a instituição aposta no incentivo da inteligência emocional, considerada uma característica essencial para a capacitação das crianças.

“É muito importante identificar os próprios sentimentos e saber lidar com as dificuldades do cotidiano é parte fundamental do processo de formação do ser humano”, explica a diretora pedagógica.

Para a escola, todo o processo de educação parte do princípio da transformação de si e com atitudes com o outro. Segundo Niara Borges, a criança nasce com traços preponderantes, mas é com o desenvolvimento das habilidades, que há ajustes no comportamento.

“A longo prazo, a criança desenvolve a inteligência emocional, que vai auxiliar e potencializar a capacidade de crianças e jovens para enfrentar os desafios do século XXI”, contextualiza.

Objetivos educacionais

Com o intuito de habilitar os estudantes para criar competências relacionadas à autonomia em raciocinar e criar, a escola Arara Azul conta com mediações pedagógicas focadas no protagonismo e, também, dentro do olhar da Taxonomia de Bloom, sistema que cria uma hierarquia para os diferentes níveis de cognição, classificando em objetivos os processos de ensino e aprendizagem.

A filosofia educacional do colégio é inspirada nos princípios de liberdade e solidariedade humana, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento do aluno e seu preparo para o exercício da cidadania.

 

"É imprescindível que ocorra a implantação de formação contínua dos profissionais para que o resultado dessa progressão e adaptação processual seja um sucesso no construir um ser integral, onde ele saiba diferenciar conceitos, objetivos e utilizá-los nos raciocínios durante as aprendizagens. É dessa maneira que elaboramos as metodologias atuais na nossa escola, inovando e potencializando o aluno como ator de sua história" Micheline Teixeira, coordenadora pedagógica da Arara Azul.

Dentro dessa realidade, a escola aposta em inovações constantes, além de sobressair às aulas padrões dentro das salas, pois são buscadas profundidades das formações contínuas a respeito das análises das linhas pedagógicas e tecnológicas.

“Sistematizamos apoios nas áreas humanas como nosso melhor capital empresarial. Exercitamos reflexões para as construções e práticas constantemente ao oferecermos uma educação criativa e qualitativa com o sentido maior da equidade”, diz.

A cada ano são intensificados os compromissos com a sociedade. Neste ano, por exemplo, a Arara Azul abraçou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com as Nações Unidas, os ODS são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

“O projeto ‘Sou Arara, Sou + ODS’ emerge uma proposta de formação do estudante para além dos conteúdos formais, em espaços multimodais que os incentivem a refletir, gerar ideias e propor soluções para moldar um mundo melhor nas esferas sociais, culturais, sustentáveis e econômicas”, contextualiza Micheline.

Em 2020, com a crise sanitária causada pela pandemia, a escola Arara Azul alavancou, juntamente, com mais doze escolas no DF a campanha “Escolas contra a Covid”. Dialogando com os ODS, a iniciativa arrecadou alimentos não perecíveis e doações para apoiar os mais necessitados e, além de minimizar os riscos que a comunidade fora exposta.

“Acreditamos na promoção de um ensino contextualizado em que a escola e seus sujeitos têm grande potencial para serem catalisadores de mudanças, como cidadãos éticos, protagonistas e, principalmente, conscientes”, indica. Ela pontua que os alunos são estimulados a refletirem, gerarem ideias e propor soluções sobre questões mundiais nas esferas sociais, culturais, sustentáveis e econômicas.

As ações para contemplar os ODS não se restringem apenas às atividades realizadas na instituição. A escola, sabendo da importância da temática, também inovou na sua estrutura. Além das salas compatíveis para desenvolver uma educação tecnológica, os ambientes foram aprimorados para criar hábitos a respeito da profunda responsabilidade enquanto cidadãos conscientes.

Os estudantes podem usufruir, por exemplo, de uma biblioteca virtual intitulada Árvore do Livro, que abriga um extenso acervo de títulos compatíveis com as faixas etárias dos alunos; do projeto PLUS, que visa o fortalecimento das aprendizagens das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática; e o projeto plurianual da Feira da Arte, Ciência e Cultura (FACC).

A instituição também conta com o Blue Arara, projetado para potencializar o processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa a partir dos eixos: sustentabilidade, situações experienciais e o protagonismo do aluno.

Além disso, aprender a resolver problemas com as próprias mãos é um dos caminhos adotados pela escola Arara Azul. Por isso, uma das apostas do colégio é o programa Metamaker, que trabalha com o pensamento computacional por meio de oficinas com trilhas e aprendizagem nas áreas de eletricidade, robótica e marcenaria.

A iniciativa possibilita aos estudantes o desenvolvimento de rotinas de pensamento, repertório criativo e a tomada de decisões para enfrentar os desafios futuros, inclusive tornando esses alunos capazes de reinventar o próprio mercado de trabalho.

De acordo com a coordenadora pedagógica Micheline Lorena, a experiência no laboratório traz a investigação, a análise crítica e a criatividade como norteadores para elaborar, testar e criar soluções.

"O projeto conduz a aprendizagem para transformar ideias em ação. Ajuda o aluno a se expressar como inventor na medida em que pode criar soluções sustentáveis por meio da cultura de inovação", garante a coordenadora.

O sócio e fundador da Metamaker, Rodrigo Furtado, destaca que a vivência da resolução de problemas desde a infância pode ser um diferencial no futuro. "Desenvolver rotinas de pensamento, repertório criativo e a tomada de decisões trará a confiança necessária para enfrentar os desafios futuros, inclusive tornando esses alunos capazes de reinventar o próprio mercado de trabalho", avalia.

  • Divulgação Arara Azul Camila Joanita
  • Divulgação Arara Azul Camila Joanita

Matéria escrita pela jornalista Gabriella Collodetti

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