Opinião

Remuneração e competitividade

Com uma economia evoluindo rapidamente, concomitantemente aos impactos que esse avanço ocasiona, estar atento ao bem-estar dos colaboradores é uma prática fundamental nos tempos atuais

A tecnologia impacta de forma contínua e acelerada os modos de produção e o mercado de trabalho. Nesse quesito, a gestão de remuneração torna-se uma estratégia essencial dentro das empresas, já que visa valorizar, reconhecer e atrair os talentos. No Brasil, a implementação desse tipo de organização ainda é um desafio que precisa ser superado para que o país permaneça competindo no mundo dos negócios.

Com uma economia evoluindo rapidamente, concomitantemente aos impactos que esse avanço ocasiona, estar atento ao bem-estar dos colaboradores é uma prática fundamental nos tempos atuais. Diante de um cenário complexo, reter funcionários qualificados é um diferencial que vem se mostrando condição de sucesso dos grandes conglomerados.

Na realidade dos empregadores brasileiros, em que alguns setores por vezes sentem a escassez de determinados profissionais, a diretriz de gestão de remuneração precisa ser desenvolvida, encarando, inclusive, ações corretivas sobre a equidade salarial de gênero e de raça.

Nesse campo, novamente a tecnologia aparece de maneira determinante. A inteligência artificial (IA), com sua capacidade precisa de levantamento de dados, é uma ferramenta que faz a diferença no amplo processo de busca de soluções personalizadas de remuneração.

Hoje, o engajamento da força de trabalho é cada vez mais dinâmico e reúne uma gama de especificidades por parte dos colaboradores, indo muito além da relação entre produtividade e salário. A expertise dos parceiros encabeça essa equação, mas é preciso considerar muitos outros aspectos para motivar e cativar as aspirações dos novos profissionais.

Em um ambiente de ampla concorrência proporcionada pelo trabalho remoto, no qual o empregador pode estar em qualquer lugar do planeta, modelos eficientes de remuneração são atrativos para os talentos, já que eles têm a oportunidade de escolher globalmente.

No Brasil, assim como em outros países latino-americanos, empresas internacionais recrutam cada vez mais pessoas para ocupar posições importantes em seus quadros, estendendo as possibilidades para o trabalho realizado a distância até mesmo em funções de CEO. Essa mudança transforma também a expectativa dos funcionários sobre a política que define como serão recompensados, determinada pela crescente valorização de estruturas salariais personalizadas e flexíveis. Componentes variáveis, como bônus ou prêmios vinculados a ações, são condições que ocupam espaço crescente em diversas áreas. Sem contar a garantia da qualidade de vida, com a adequação de jornadas e a entrega da estrutura ideal para a execução do serviço.

Com pressões diárias sobre o resultado final e uma concorrência sem fronteiras, as empresas no país têm de ser mais criativas no plano da recompensa salarial, construindo laços diferenciados com os funcionários. A busca por incentivos deve ser uma rotina na gestão de remuneração, assim como a introdução de planos capazes de dar respostas rápidas às demandas do trabalhador. Para não perder seus talentos, o empregador no Brasil precisa criar mecanismos de maior velocidade e flexibilidade, assegurando a satisfação do funcionário. A geração que está entrando no mercado demonstra determinação para decidir os próximos passos sem abrir mão dos seus anseios. As empresas não podem ignorar esse fato se quiserem ter habilidades no quadro de pessoal que aumentem a competitividade em âmbito global.

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