Algo dentro de nós "exige" que no ano novo tudo seja renovado... O que é bom, mas também pode se transformar em um problema se a gente não souber conduzir. Ouvi, certa vez, de um sábio, que as promessas devem ser feitas à medida que tenham realmente condições de serem executadas. Ou seja: nada de se comprometer com o impossível.
Emagrecer duas toneladas, malhar em 10 academias, ir ao espaço, enriquecer como o Elon Musk e assim por diante. Oras, vamos a planos palpáveis e exequíveis, simples assim. Nada de exageros. A sugestão é de alguém que adora planejar, organizar e deixar tudo milimetricamente nos eixos e...pimba! Vem a vida e muda tudo. Simplesmente vira de cabeça para baixo, saber por quê?
Porque é assim que vida é. Ela manda e conduz. A gente está no leme até certo ponto, depois não depende mais de cada um, mas das circunstâncias, do acaso, das vontades e das decisões de terceiros. Então, a modesta recomendação é: planeje e organize o que está ao seu alcance e que não tem influências do acaso.
É importante fixar metas possíveis, do contrário, o risco de frustração é imenso. Gosto de ouvir relatos de pessoas que alcançaram tudo o que se planejaram. Um amigo odiava a calvície, foi perseverante o ano de 2024 todo, e conseguiu sanar em parte sua agonia. Já uma amiga perdeu o pai e a irmã, inesperadamente, mas se comprometeu a manter o equilíbrio para tomar conta da mãe que depende dela. Está dando certo.
Sem emprego e vendo a família em dificuldades, um conhecido por pouco não se desesperou. Mas lembrou o que havia se prometido em janeiro passado: 2024 seria um bom ano. Tanto fez que conseguiu substituições temporárias para ministrar aulas. Não é fixo. Mas tem sido o suficiente para pagar as contas e resgatar parte da autoestima destruída. Conversando com ele para este artigo, perguntei o que esperava para 2025, foi bem objetivo: "Ser feliz".
Da minha parte, comecei bem mais cedo este ano. Em outubro, já estava de olho em 2025. Fiz um relatório mental — não compartilhei com "Seu Ninguém" para evitar cobranças, claro - do que não gostaria de viver uma repetição e das mudanças que julgo necessárias. Iniciei indo aos médicos, coisa que evito sempre, óbvio que os exames laboratoriais mentem pouco e não foram lá muito favoráveis a mim.
Passada a "surpresa", a ação. Na verdade, sem muita opção, terei de adotar um modo de vida mais saudável, eliminando as besteiras que adoro comer no dia a dia, dormindo mais, estressando menos e fazendo higiene mental. Vou conseguir? Tenho dúvidas, mas a determinação, até a finalização deste texto, estava firme e forte.
De qualquer maneira, amo mudanças e adoro transformações. Então, se for necessário, vou "pagar para ver", e seguirei determinada em promover o ano novo de fato como eu tanto desejei há uns meses. Não quero nem gosto de pensar em começar 2025 cometendo os mesmos erros anteriores nem repetindo problemas, que poderiam ser evitados. O que me encanta é imaginar: o ano é novo, a vida está sempre em transformação.