Música

Eterno casal

Rita Lee e Roberto de Carvalho são os homenageados da oitava edição do Prêmio UBC. A dupla trouxe para a música os sentimentos de intimidade de um casal que viveu junto por 47 anos

Roberto de Carvalho e Rita Lee em postagem de #tbt - Throwback Thursday (quinta-feira do retorno) feita em 31 de agosto de 2023 -  (crédito: Reprodução @roberto_de_carvalho)
Roberto de Carvalho e Rita Lee em postagem de #tbt - Throwback Thursday (quinta-feira do retorno) feita em 31 de agosto de 2023 - (crédito: Reprodução @roberto_de_carvalho)

Uma das duplas de parceiros, compositores e intérpretes de maior relevância do cenário da música popular brasileira, mais especificamente do pop rock nacional, formada por Rita Lee e Roberto de Carvalho, é a homenageada da oitava edição do Prêmio UBC. A cerimônia que, em outros anos, ocorreu no Rio de Janeiro, desta vez será realizada em São Paulo, em 4 de dezembro. 

Anteriormente, foram reverenciados Erasmo Carlos, Milton Nascimento, Herbert Vianna, Djavan, Alceu Valença e Caetano Veloso. A escolha deste ano foi, pela primeira vez — com inteira justiça —, a de um casal de artistas que desperta grande carinho dos brasileiros.

Rita e Roberto trouxeram para a música os sentimentos de intimidade de um casal que viveu junto por 47 anos. Enquanto parceiros, criaram um vasto repertório de hits da importância de Lança perfume, Chega mais, Mania de você, Flagra, Cor de rosa choque e Desculpe o auê.

 O segundo disco da dupla, lançado em 1980, bateu recorde de venda no Brasil e no exterior, e a faixa Lança perfume conquistou o sétimo lugar na parada da Billboard. Juntos, os dois registraram parte da obra que produziram em cinco álbuns, entre  1982 e 1990. Quase todos receberam os nomes de ambos, exceto Bombom, Flerte, Fatal e Perto do fogo.

No tributo à Santa Rita de Sampa, com direção do filho e guitarrista Beto Lee, não faltarão surpresas. A banda que a acompanhava vai oferecer suporte para as apresentações de vários convidados — músicos, intérpretes e artistas que foram marcantes na trajetória da roqueira.

Tive o privilégio  de seguir a trajetória de Rita desde a época em que era vocalista dos Mutantes. Foi com a banda que ela participou do histórico Festival da Record, de 1967, dividindo a interpretação de Domingo no parque com Gilberto Gil, autor da canção, classificada em terceiro lugar.

 Estava na plateia do Fruto proibido, primeiro show dela aqui na cidade, em 1975, no ginásio de esportes do Colégio Marista (509 Sul). À época, Ovelha negra era a música mais tocada nas rádios brasileiras. Posteriormente, cobri para o Correio Braziliense apresentações da eterna estrela no Ginásio Nilson Nelson, no Autódromo de Brasília, no extinto Pelezão — onde foi instalado um condomínio de luxo — e na Concha Acústica.

Paulistana do bairro Vila Mariana, Rita Lee, qua partiu para outra dimensão em 8 de maio de 2023, deixou um rico legado que incluem 21 álbuns — a maioria com Roberto de Carvalho —, duas autobiografias, além de um livro de textos intitulado O mito do mito — de fã e de louco, todo mundo tem um pouco, recém-lançado pela Globo Livros. 

Dirigida por autores, a UBC, entidade sem fins lucrativos, tem como principal objetivo a defesa dos interesses dos titulares dos direitos autorais de músicas e a distribuição de rendimentos gerados pela utilização dos mesmos, bem como o desenvolvimento cultural.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 08/10/2024 06:00
x