Música

Força do rádio

As rádios comunitárias e independentes são uma força viva para a música regional e movimentos culturais. Esses programas de nicho dão voz para quem está fora dos grandes centros, potencializando e fortalecendo a identidade local

Eles funcionavam por meio de transmissões de rádio, permitindo o envio e recebimento de mensagens curtas. -  (crédito: In Madde wikimedia commons )
Eles funcionavam por meio de transmissões de rádio, permitindo o envio e recebimento de mensagens curtas. - (crédito: In Madde wikimedia commons )

Mesmo com o advento de modernos meios de comunicação, uma das mais antigas mídias mantém-se imbatível  na preferência de muita gente: o rádio. Surgido em 1884, a partir da invenção atribuída,pela maioria dos pesquisadores, ao italiano Guglielmo  Marconi (1874; 1937). Ele foi o criador do primeiro sistema para frequência sem fios.  A transmissão ocorreu em 1989, no Canal da Mancha, braço de mar que faz parte do Oceano Atlântico e separa a ilha da Grã-Bretanha do Norte da França.

O Dia Nacional do Rádio foi comemorado em 25 de setembro último. A data  celebra  o nascimento de Roquete Pinto, fundador da  primeira emissora brasileira, em 1884 — a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Desde então, o rádio segue popular e se reinventa. Agora, está disponível na internet, conectando apresentadores e artistas com  ouvintes.

Como se pode observar, esse veículo de comunicação continua a ser um meio essencial para a difusão de informações e a da cultura musical. Na era do avanço do streaming e das plataformas digitais, há os que podem pensar que o rádio perdeu seu espaço e importância no cenário midiático. Mas, ao contrário, continua sendo de grande relevância, especialmente no Brasil.

De acordo com um levantamento, as rádios comunitárias e independentes são uma força viva para a música regional e movimentos culturais. Esses programas de nicho dão voz para quem está fora dos grandes centros, potencializando e fortalecendo a identidade  local.   

Na infância, em Barreiras, no interior da Bahia, sintonizado em programas da antiga e saudosa Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi que vi despertar em mim o gosto pelo que viria a ser chamada de música popular brasileira, ouvindo Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Nora Ney, Emilinha Borba, Marlene, Linda e Dircinha Batista Orlando Silva, Jorge Goulart, Cauby Peixoto e Nelson Gonçalves.

Portanto, não por acaso, constato que emissoras como Rádio Clube, do grupo Diários Associados, e a Rádio Nacional, ligada à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) — ambas brasilienses —são detentoras, nos respectivos segmentos, de grande audiência. Isso, pelo oferecimento de programações atrativas e diferenciadas, voltadas para ouvintes de gostos musicais diversos, a elas alinhadas. 

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postado em 01/10/2024 05:00
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