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Os pensadores do Botafogo

Méritos de Alessandro Brito, Raphael Rezende, Bruno Noce, Cristian Costa e Willian Santos. Guarde esses nomes, torcedor alvinegro. A maioria desses caras tem olhos de lince para reforçar o plantel do seu time do coração e merecem demais os êxitos consecutivos da Libertadores

O belo trabalho de Artur Jorge é a parte visível do sucesso do Botafogo na liderança isolada do Campeonato Brasileiro e na classificação dramática para a penúltima fase da Libertadores depois de 51 anos. A última vez havia sido em 1973. Eram triangulares semifinais à época. Independiente, San Lorenzo e Millonarios formaram o Grupo 1. Colo-Colo, Cerro Porteño e Botafogo estavam no 2. Líderes das respectivas chaves, Independiente e Colo-Colo jogaram a final. Os argentinos foram campeões.

A fatia invisível do sucesso é a influência dos departamentos de scout e análise de desempenho na seleção de peças capazes de se encaixar no conceito estabelecido na compra da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) pelo estadunidense John Textor, e na na passagem conturbada de Luís Castro pelo clube.

Méritos de Alessandro Brito, Raphael Rezende, Bruno Noce, Cristian Costa e Willian Santos. Guarde esses nomes, torcedor alvinegro. A maioria desses caras tem olhos de lince para reforçar o plantel do seu time do coração e merecem demais os êxitos consecutivos da Libertadores diante do atual bi do Brasileirão nas oitavas de final e do São Paulo, campeão vigente da Copa do Brasil.

Luiz Henrique não é contratação aleatória. Muito menos Igor Jesus. Por sinal, ambos convocados para a Seleção pelo técnico Dorival Júnior para os duelos contra Chile e Peru, em outubro, pelas Eliminatórias. Campeão da Copa de 2022 com a Argentina, o excelente meia Almada chegou para completar o quarteto com Savarino, outra aposta certeira. Encaixou bem no sistema e poucos sentem falta de Júnior Santos, artilheiro da Libertadores com nove bolas na rede.

Autor de seis gols e de uma assistência em três meses no Glorioso, Igor Jesus não desembarcou em General Severiano por acaso. Há sensibilidade nos bastidores para pinçar peças capazes de se encaixar no quebra-cabeça. No ano passado, o departamento de futebol imaginou Diego Costa nessa função. O
centroavante não era tão solidário. Queria ser a estrela solitária.

Escrevi algumas vezes no blog Drible de Corpo que o modelo de Artur Jorge lembra o Liverpool de Jürgen Klopp. A demanda do Botafogo era por força física, desarmes, passe qualificado, transição rápida e por um centroavante além de Tiquinho Soares capaz de finalizar com precisão. Igor Jesus estreou no Botafogo em 12 de julho e tomou conta do pedaço. Encaixou-se no elenco.

O Botafogo dá prazer de assistir da defesa ao ataque. O goleiro John foi na bola em cinco as seis cobranças do São Paulo. Alexander Barboza e Bastos anularam Calleri enquanto formaram par. Tudo isso para dizer: o melhor time do país é favorito a conquistar a Libertadores. Aos supersticiosos de plantão, o Botafogo conquistou a extinta Copa Conmebol contra o Peñarol em 1993. Justamente o rival nas semifinais. Depois disso restarão Atlético-MG ou River Plate para a Gloriosa Glória Eterna.

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