A atacante da Espanha está inconformada por "tomar 4 a 2 de um time que não joga futebol". Na definição que deu (li em espanhol mesmo), disse que o time do Brasil "estudou como nós jogamos e o jeito de atacar pelas nossas costas". Isso, acha ela, "não é futebol".
Madame, parece, entende que "jogar futebol" é se colocar em campo da maneira que convém ao time dela. Será que ela conhece a história do Garrincha, na Copa de 58, perguntando ao técnico da Seleção se tinha "combinado com os russos" como iam ser as jogadas?
Reclamou também da "cera" das brasileiras. Mas, qué cosa... não se lembrou dos 15 minutos de acréscimos no jogo. Um tempo de prorrogação. Sem falar dos 16 na partida em que elas nos venceram na fase de grupos. Por sinal, com o segundo gol marcado já com 17 minutos de tempo extra. Ay, sí: e o Brasil fez também um tempo de prorrogação contra a França, nas quartas de final, que vencemos por 1 a 0.
Deve ser duro mesmo, para um time campeão do mundo, perder a vaga na final olímpica para outro que chegou às finais na bacia das almas. No fundo, ela me fez lembrar uma das máximas que aprendi praticando esportes: só pode saber realmente ganhar quem tiver aprendido a perder.
No mais, como diz uma deliciosa marchinha de carnaval, a das touradas de Madri, "isso é conversa mole pra boi dormir".
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