Infância

Vacina para salvar vidas

É desolador que doenças preveníveis por vacinas continuem a causar vítimas, especialmente crianças. No caso da coqueluche, meninos e meninas conseguem imunidade quando tomam três doses — além dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos

Vacina contra coqueluche está disponível nas unidades básicas de saúde -  (crédito:  Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF)
Vacina contra coqueluche está disponível nas unidades básicas de saúde - (crédito: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF)

A coqueluche provocou a morte de uma menina, de 6 meses, em Londrina, no Paraná. Foi o primeiro óbito decorrente da doença em três anos no país, segundo o Ministério da Saúde. A informação é de que a criança estava com vacinas em atraso. O estado investiga se outro bebê, de 3 meses, também faleceu devido à enfermidade.

É desolador que doenças preveníveis por vacinas continuem a causar vítimas, especialmente crianças. Graças aos fabulosos avanços da ciência, há hoje uma gama de imunizantes que blindam contra uma série de males. No caso da coqueluche, meninos e meninas conseguem imunidade quando tomam três doses — além dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos.

Segundo o ministério, os principais fatores de risco da doença — uma infecção respiratória altamente contagiosa — têm relação direta com a falta de vacinação. As complicações vão de pneumonia a parada respiratória, lesão cerebral e morte. Crianças menores de 6 meses são as mais suscetíveis aos quadros graves.  

Com a confirmação da morte da bebê por coqueluche, a ministra Nísia Trindade voltou a recomendar "fortemente a vacinação" e disse que a pasta está trabalhando para evitar novos casos. De fato, com o Movimento Nacional pela Vacinação, lançado pelo ministério, e a resposta da população, em 2023, 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil tiveram aumento de cobertura vacinal.

O empenho também foi atestado no exterior. O Brasil conseguiu sair da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo — ranking da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Conforme o relatório das entidades, o número de meninos e meninas brasileiros que não receberam nenhuma dose da DTP1 (contra difteria, tétano e coqueluche), por exemplo, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil no ano passado.

Estamos, sim, avançando bem nessa missão. E, com a união de todos, vamos recuperar as altas coberturas vacinais. Depende de cada um de nós. Portanto, pais ou responsáveis, se houver crianças ou adolescentes em casa com imunizantes em atraso, levem-os a uma unidade de saúde e atualizem a caderneta. Não deixemos que doenças preveníveis impactem e ameacem a vida de meninos e meninas.

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postado em 01/08/2024 06:00
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