Ibaneis Rocha — Governador do Distrito Federal
Deu em todos os veículos de comunicação: Brasília, considerando todo o Distrito Federal, é, disparada, a cidade que oferece a melhor qualidade de vida do país. Dito por quem? Por uma organização que realiza pesquisas globais a partir de indicadores sociais e econômicos, a International Parts Service (IPS), portanto, entidade insuspeita, no momento em que o bem-estar da população passou a ocupar o centro dos debates em todo o mundo.
Qualidade de vida é a revolução do momento. E uma notícia dessa, em julho, é quase como um presente de Natal antecipado à população do DF, que tem sido vitoriosa em todas as batalhas que enfrentou. Está definitivamente provado que aqui vive um povo que já nasce com o valor de ser de vanguarda.
É merecedor de nota que, na avaliação realizada durante todo o estudo, o IPS tenha dado ênfase ao impacto dos recursos que são aplicados em infraestrutura na vida das pessoas. Uma preocupação que se vê em cada obra que temos realizado, as já entregues e as que estão por vir, interligando de forma mais humana um conglomerado urbano que desponta como o terceiro maior do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Cada uma dessas obras atende a sugestões da própria comunidade, na maioria das vezes são correções necessárias ao projeto original, tendo em vista a dinâmica própria de uma cidade em constante crescimento. Sem falar no alcance social de cada uma dessas obras, nos empregos que elas impulsionam, na dinâmica da mobilidade e na visível melhoria da qualidade de vida da população.
Ao mesmo tempo, nos chega a notícia do resultado de um trabalho do Instituto Trata Brasil revelando que está também no DF o melhor índice nacional de água potável e esgoto para atender à população. Atrás ficam Paraná e São Paulo. Com 92,30% de alcance no saneamento básico, nossa capital é diferencial em um país em que, infelizmente, 90 milhões de pessoas sofrem com a falta de coleta de esgoto.
Importante lembrar que, também este ano, o jornal norte-americano The New York Times elegeu Brasília como única cidade brasileira no ranking dos melhores destinos do mundo, tendo por base o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ao que tudo indica, em 2024, quebraremos todos os recordes, mas nada disso cai do céu. É resultado de políticas públicas que contemplam os anseios da sociedade e que permitiram ao DF criar a maior rede de proteção social do Brasil.
Quem já viu uma propalada "maior favela" do Brasil, o Sol Nascente, se transformar numa pujante comunidade progressista em tão pouco tempo? Pergunte a quem já esteve lá. E que se surpreendeu com infraestrutura, saneamento básico, restaurante comunitário, transporte, esgoto e água potável próximos a atingir os 100% de atendimento, entre outras melhorias. Que favela?
Nada menos do que 53 indicadores foram aplicados na pesquisa do IPS, envolvendo três grandes áreas: necessidades humanas básicas (alimentação, saneamento, segurança), fundamentos de bem-estar (saúde, educação e meio ambiente), além de inclusão social, proteção aos direitos individuais, entre outros, utilizando o banco de dados de órgãos como ministérios da Saúde e Cidadania, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), Instituto Nacional de Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outros.
Quem percorre o DF logo percebe que, sob qualquer ponto de vista, há um governo que busca inovar, melhorar, fazer diferente. Há críticas à administração, por óbvio, mas não no sentido de que há omissão. Ao contrário. Muitas vezes, por desinformação, atacam-se ações do governo onde é proibido ficar parado. Pois digo: para um governante, é melhor ser criticado pelo que fez do que pelo que não fez.
A pesquisa, enfim, reflete o esforço de um governo que tomou como missão o trabalho de continuar a modernizar o DF, promover mais eficiência à máquina pública e atender aos mais vulneráveis. Em seu conjunto, a dimensão e a escala dos investimentos feitos nos últimos anos passam a ser os orientadores básicos do processo de desenvolvimento sustentável e competitivo de cada região administrativa.
Uma grande poetisa brasileira, Cecília Meireles, escrevendo certa vez sobre Brasília, disse que Oscar Niemeyer e Lúcio Costa não pensaram em construir beleza, pois seria fácil demais. Eles ergueram o espanto deles e deixaram o espanto inexplicado. Pois bem. Decorridos 64 anos, creio que estamos finalmente compreendendo o sentido da obra: unir e ensinar um povo a sonhar junto.
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