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Artigo: Bons ventos trazem A UnB que queremos: as pessoas em primeiro lugar!

Candidata à reitora e vice-candidato pela Chapa A UnB que queremos propõem uma gestão participativa, transparente e eficiente, que valorize o diálogo com toda a comunidade acadêmica e potencialize suas capacidades

Candidatos Maria Fátima de Sousa (reitora) e Paulo Celso dos Reis Gomes (vice-reitor) -  (crédito: Fernanda Vasques)
Candidatos Maria Fátima de Sousa (reitora) e Paulo Celso dos Reis Gomes (vice-reitor) - (crédito: Fernanda Vasques)

Fátima Sousa*, Paulo Celso dos Reis**

Um projeto político é uma integração de sonhos, de ideais e de condições objetivas de materialização. Nossa candidatura à Reitoria da Universidade de Brasília (2024-2028) nasce do compromisso com a educação pública, democrática e de qualidade, e não se alinha à continuidade do cenário atual. Somos oposição e propomos uma efetiva mudança impulsionada pela convicção de que a universidade deve ser um espaço inclusivo, inovador e conectado com as demandas da comunidade acadêmica e da sociedade. Transparência e participação não podem ser narrativas vazias.

Nosso plano de gestão, o único entregue no dia da inscrição das chapas, apresenta eixos desafiadores e condutores do trabalho que vislumbramos. A universidade deve funcionar como organismo vivo, em sintonia com a sociedade, para cumprir sua missão de criar, inovar e transformar: uma UnB capaz de produzir conhecimento alinhado com a "ciência cidadã", que responda às principais questões do Distrito Federal, da região, do Brasil e do mundo.

A UnB que queremos será uma universidade de referência na ciência inovadora, crítica e na superação das desigualdades socioeconômicas, políticas e culturais, na proteção do ecossistema ambiental e na garantia de segurança alimentar e nutricional da população. Vamos exercer a pedagogia da amorosidade, da verdade e do bem viver. Bons ventos trazem as boas ideias para esse debate e as melhores propostas, emanadas de grupos representativos da UnB, da comunidade e dos sindicatos — pautas aguardadas há quase uma década e acintosamente esquecidas pela atual gestão. 

Ao adotar uma abordagem humanista, a universidade cria um ambiente de trabalho que promove o bem-estar e a qualidade de vida. Nossas propostas visam ao desenvolvimento pessoal e profissional das/os servidoras/es, contribuindo para o sucesso da Instituição em 10 eixos estruturantes: 1 - As pessoas em primeiro lugar; 2 - Universidade promotora de saúde; 3 - Gestão acadêmica e a ciência cidadã; 4 - Gestão administrativa e governança; 5 - Gestão da ciência, tecnologia e inovação; 6 - Gestão da arte e cultura na universidade; 7- Gestão da informação, comunicação e acesso ao conhecimento; 8 - Transparência e orçamento participativo; 9 - Infraestrutura e sustentabilidade da UnB; e 10 - Memória e patrimônio institucionais. 

Nossos propósitos são ousados, criativos, consistentes e estrategicamente debatidos e pensados para uma UnB que deve mirar o seu centenário com o arrojado propósito de ocupar o espaço que lhe foi pensado na origem: o de uma instituição da excelência acadêmica com inclusão social, com ousadia e transparência como modo de vida e da ação política como condição de possibilidade da transformação.

Somos gestores experientes, responsáveis pela condução de importantes programas, como a Rede Brasileira de Universidades Promotoras de Saúde e a implementação do Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde — experiências que trouxeram reconhecimento internacional ao Brasil; ou na coordenação do projeto de encerramento do Lixão da Estrutural (até então, o maior da América Latina), com a inclusão socioprodutiva dos catadores, além da implantação do primeiro aterro sanitário de Brasília. Acreditamos que a UnB, por sua origem, por sua posição geográfica e por sua constituição intelectual e técnica, tem potencial para ser protagonista em soluções criativas nos desafios locais e globais. Nosso compromisso é com uma gestão participativa, transparente e eficiente, que valorize o diálogo com toda a comunidade acadêmica e potencialize as capacidades de nossos estudantes, professores e servidores técnico-administrativos. Queremos uma UnB em que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, independentemente de a qual grupo pertence. Para isso, é fundamental promover políticas de inclusão e de participação social ativa que contemplem as diversidades étnicas, raciais, de gênero, socioeconômicas e as deficiências. 

A transparência será um pilar central, com a disponibilização de informações claras e acessíveis acerca do uso de recursos e da execução de projetos, reduzindo a burocracia que tanto assola e se faz deletéria à finalidade institucional. Para a integração com a comunidade local, ampliaremos os projetos de extensão e parcerias para que a universidade contribua efetivamente para o desenvolvimento local e nacional. 

A UnB que queremos é uma instituição pautada pela inteligência de toda a comunidade, protagonista da revisitação e atualização do projeto original de Darcy Ribeiro, de Anísio Teixeira e de centenas de intelectuais que acreditaram no poder transformador da educação. É preciso ter competência, compromisso ético, político, científico e social para seguir esse legado e fazer da UnB um modelo de excelência e equidade. Esta é, em síntese, a UnB que queremos.

*Enfermeira sanitarista, professora-associada e ex-diretora da Faculdade de Ciências da Saúde

**Engenheiro civil e de segurança do trabalho, professor-adjunto e vice-diretor da Faculdade de Tecnologia

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postado em 28/07/2024 06:00
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