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Artigo: novo anormal do esporte

Competições de excelência do futebol, do basquete e do tênis encerram eras e promovem trocas de bastão

Usain Bolt e Michael Phelps aposentados e ausentes nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 — disputados em 2021 devido ao impacto da covid-19. Itália fora da Copa do Mundo do Qatar-2022 realizada no fim, e não no meio do ano. O planeta pós-pandêmico continua estranho. Até certo ponto “deprê” para os fãs de esporte. Eventos de excelência do futebol, do basquete e do tênis encerram eras e testemunham trocas de bastão.

A Uefa Champions League iniciou a fase de mata-mata sem o melhor jogador do mundo vigente pela primeira vez no século 21. Cá entre nós, é um desperdício assistir a um jogo do principal torneio continental de clubes do mundo sabendo que Lionel Messi está “escondido” na Major League Soccer (MLS) divertindo-se no Inter Miami.

Eleito oito vezes número 1 do mundo, o detentor da Bola de Ouro da revista France Football e do Fifa The Best, figurou em 18 fases de mata-mata consecutivas até partir rumo à aventura no campeonato dos Estados Unidos.

A última ausência de um número 1 do planeta bola no torneio faz 24 anos. Zinedine Zidane ostentava o troféu conquistado em 2000 depois de levar a França ao título da Euro. O meia da Juventus ficou fora das oitavas de final da Liga dos Campeões na temporada de 2000/2001. A Velha Senhora havia amargado o último lugar no Grupo E.

As semifinais exibem apenas um ex-melhor do mundo. O croata Luka Modric resiste no Real Madrid. Sem Messi, Cristiano Ronaldo, Benzema e o eliminado Lewandowski, o torneio estende o tapete vermelho Kylian Mbappé, Vinicius Junior e Erling Haaland. Todos abaixo dos 25 anos. As joias tateiam o sonho de assumir o cetro de Messi.

Os playoffs da NBA, a liga profissional de basquete dos EUA, acabam de deixar um vácuo no coração dos devotos da bola laranja. As semifinais de conferência não terão LeBron James, Stephen Curry ou Kevin Durant pela primeira vez desde 2005. Sim, está difícil aceitar, mas as cortinas do espetáculo começam a se fechar para eles.

Eliminado pelo atual campeão Denver Nuggets de Nikola Jokic, o astro do Los Angeles Lakers e tetracampeão da NBA LeBron James tem 39 anos. Aos 36, Curry coleciona quatro anéis e viu o Golden State Warriors tombar diante do Sacramento Kings. Com dois troféus, Durant, 35, não viu a cor da bola com a camisa do Phoenix Suns contra o emergente Minnesota Timberwolves.

O tênis dá nostalgia. O suíço Roger Federer pendurou a raquete em 2022 com 20 Grand Slams. Vencedor de 22, o espanhol Rafael Nadal trava luta insana com as lesões aos 37 anos. Curta os últimos capítulos em alto nível do recordista sérvio Novak Djokovic, 36, empilhador de 24 majors (e cotando).

O novo anormal no futebol, no baquete e no tênis exige paciência. Há trocas de guarda em andamento. Velhos ídolos dão lugar a estrelas emergentes do esporte. Mas que dá saudade, dá...

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