SOCIEDADE

Análise: empreendedorismo com foco no protagonismo da mulher nos negócios

O empreendedorismo feminino deve ser incentivado e celebrado, com impactos que se estendem para além da esfera econômica

Rede da Mulher Empreendedora (RME), Ação Social das Caminheiras de Antônio de Pádua (Ascap) e Federação Habitacional do Sol Nascente (Fehsolna) são três exemplos de trabalho social, contados em reportagens recentes publicadas no Correio Braziliense, que se mostra fundamental para a construção de um futuro econômico mais inclusivo. Por isso, o empreendedorismo feminino deve ser incentivado e celebrado, com impactos que se estendem para além da esfera econômica.

Reverenciar a força da mulher na economia significa reconhecer a perseverança e a criatividade de empresárias que desafiam estereótipos e abrem caminho para outras. Histórias inspiradoras servem como exemplos da capacidade delas em liderar com sucesso e inovação em diferentes setores. Um case recente de empreendedorismo é o da empresária Samila Pinheiro, fundadora do Dindin da Mila, lá em Manaus. Ela começou o negócio com R$ 70 em materiais para fabricar a sobremesa.

Hoje, praticamente 10 anos depois, tem mais de 20 revendedoras na capital amazonense. Há fila de espera. Em uma palestra recente, ela deu a dica: "Usem todas as ferramentas disponíveis". Fazia referência ao perfil existente no Maps, no Google, deixando-o mais personalizado, com links e informações. O resultado veio logo, com o aumento da credibilidade do negócio.

Não tenho dúvida nenhuma de que fomentar o empreendedorismo feminino é construir um futuro econômico mais justo. Há muitas oportunidades gratuitas, principalmente na internet. Cito o programa Ela Pode: Inteligência Artificial, da Rede da Mulher Empreendedora. O projeto está com inscrições abertas e vai oferecer uma mentoria coletiva para 720 participantes, a cada 15 dias, com especialistas em tecnologia para apresentar o uso das ferramentas on-line na prática. Além disso, 105 delas receberão uma doação de até R$ 10 mil para desenvolver o negócio.

É um dinheiro que, para muitos, pode parecer pouco para a largada de um projeto, mas em um país com um acesso tão desigual e caro ao crédito mostra-se mais do que necessário. Redes de apoio entre mulheres empreendedoras, com a promoção da troca de experiências e do senso de comunidade, deveriam ser a base das políticas públicas de qualquer governo. Ao se investir no empoderamento econômico das mulheres, uma nação dá um salto rumo à prosperidade.

Que o Dia Internacional da Mulher nos motive a refletirmos sobre os desafios que persistem em nossa sociedade.

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