Não é segredo para ninguém, que por sua qualidade de vida, Brasília ocupa hoje um lugar de destaque entre as capitais do país com maior número de indivíduos com mais de 65 anos. Fica evidente que o Distrito Federal vem envelhecendo a um ritmo acelerado. Segundo estudos elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas idosas subiu de aproximadamente 129 mil para 249 mil entre 2010 e 2022, representando quase 9% da população total. O aumento de 94% de idosos foi o maior do país.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP), antes de 2040 a participação da população idosa será mais significativa do que a população menor de 15 anos. Nesse período a população idosa saltará dos 7,6% para mais de 16,6% do total de habitantes da capital. A questão aqui ganha relevância, quando se discute como tornar mais digna a vida desses idosos, que já deram sua contribuição laboral para a formação do Produto Interno Bruto (PIB).
Engana-se quem pensa que essa parcela significativa da população do Distrito Federal não contribua ainda para o crescimento da economia como um todo. Esse contingente consome como nenhum outro. Paga igualmente impostos e taxas como todo mundo. Muitos ostentam, inclusive, uma qualidade de vida superior à da massa dos trabalhadores ainda na ativa. É claro que para essa parcela da população que cresce a cada dia, será preciso novas estratégias e modelos de gestão pública, capazes de permitir qualidade de vida e sobretudo dignidade para esses brasilienses.
Para desestimular que esses idosos e aposentados migrem para as cidades litorâneas é preciso que o Governo do Distrito Federal providencie, o quanto antes, um conjunto de políticas para propiciar não só atendimento às necessidades imediatas dessa parcela da população, com a introdução de serviços especializados no atendimento dos idosos.
É óbvio que caberá também à iniciativa privada providenciar espaços de acolhimento e lazer exclusivos para os brasilienses da terceira idade. Importante que ainda há espaços em Brasília a ser desbravados para atrair e absorver esse potencial representado pelos idosos. Uma das ideias, já ventiladas anteriormente nesse espaço, diz respeito à colocação de transporte público exclusivo e gratuito para idosos nos fins de semana e feriados, permitindo que eles circulem livremente pela capital.
Outra ideia, aqui para os empresários, é a construção de shoppings exclusivos para os idosos, com variedade de serviços e lojas próprias para essa parcela de consumidores. Assim esses novos espaços poderiam oferecer, além de área de alimentação adequada para essa faixa etária, lojas com produtos apropriados e ao gosto dessa nova freguesia. Além disso esses novos espaços poderiam contratar apenas idosos para o atendimento do público, possuir bibliotecas, salas de jogos, livrarias, teatros, cinemas, galerias de arte e outras atrações. Haveria ainda nesses locais, a oferta de clínicas médicas nas várias modalidades de saúde, piscinas, atendimento de geriatras, academias, espaços de encontros e descanso, serviços de transporte exclusivos para os clientes e toda uma gama de serviços adequados para essa faixa etária. Obviamente não esquecendo de estacionamento gratuito e vigiado como era no Shopping Iguatemi.
Em Brasília, a incansável psicóloga Juliana Seidl posta pelo Instagram, Facebook, Youtube, Linkedin todas as oportunidades da cidade para os mais vividos. Desde empregos (Carreira Longevas), empreendedorismo, como combater o etarismo, sugestões de leitura, entre outras tantas atividades e informações.
Há todo um universo de serviço a ser oferecido para essa parcela da população e um potencial enorme a ser posto em prática, capaz de transformar a capital do país num exemplo a ser seguido.
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