Quando a parceria é boa, saudável, correta e estabelecida dentro do que manda a lei, todos saem ganhando e, no fim, é só correr para o abraço. Comemorar. Pelo que anunciam, a Associação Comercial do DF (ACDF) e a Federação de Empresas Juniores do Distrito Federal (Concentro-DF) abre-se por aqui um amplo e vistoso mercado de trabalho para os jovens, em vários segmentos. Numa reunião aberta, com cenas explícitas de otimismo e projeções possíveis, as duas entidades deram start num movimento até então inédito em Brasília. O projeto Salve um Negócio, em vigor em outros estados, chega a Brasília, e a porta de entrada para que dê certo é a Associação Comercial do DF.
Fernando Pedro de Brites, presidente da ACDF, que acredita na iniciativa, deu as boas-vindas ao grupo de empresas, liderado pela Concentro. Para que o público entenda, a coisa funciona assim: 57 pequenas empresas juniores foram inscritas na Associação Comercial do DF. Todas elas passam por uma criteriosa avaliação de conteúdo e eficiência. Aquelas selecionadas, automaticamente passarão a prestar assessorias e atendimento profissional a entidades ligadas à ACDF, em diversos segmentos. Na prática, um exército de jovens universitários, monitorados por veteranos, passam a prestar atendimento àquelas empresas que enfrentam dificuldades para resolver questões jurídicas, administrativas, estruturais e de comunicação. Com mecanismos de ação aguçados, formação técnica e amparo estrutural em todos os setores que as empresas exigem, os grupos de jovens assessores podem contribuir para a solução de inúmeros problemas do dia a dia das empresas.
Bem humorado e com base na robusta bagagem de jornadas anteriores à frente da ACDF, o presidente da entidade, Fernando Brites, sinaliza que o projeto reúne todas as condições para que também, em Brasília, seja um sucesso. Na palavras do líder do grupo de jovens, Caio Leal, o significado exato do que representa iniciativas como essa. Cita ele que a carreira de empresas e empresários não é e nunca foi fácil. Alguns, por falta de experiência, outros por entusiasmo ou interpretações equivocadas, às vezes, cometem erros de difícil solução.
A parceria com a Associação Comercial do Distrito Federal, entidade que interpreta vontades e anseios de uma sociedade exigente e bem estruturada como a de Brasília, representa para grupos de jovens um desafio que incentiva e motiva a uma atividade ainda mais cuidadosa, e atenta.
Beirando os 70 anos — em 2024 completa 67 — a ACDF, sem medo de ser feliz, entra para o rol das entidades que mais tem se apresentado para arrebanhar fatos e coisas benéficas à comunidade da capital da República. Pouca gente sabe, mas a ACDF foi fundada em 1957, três anos antes da inauguração de Brasília e, de lá para cá, acumula feitos em benefício ao cidadão, superando, inclusive, algumas ações desempenhadas por alguns governos ao longo dos anos.
A paternidade pela criação do Banco Regional de Brasília (BRB) pertence a ACDF, que viu na criação do banco um confiável porto seguro, onde empresários e associados pudessem se sentir protegidos e dividir responsabilidades com seus negócios. A Federação das Indústrias (Fibra), hoje entidade consolidada e ponto de referência desse segmento em todo o Centro-Oeste, também foi idealizada nos gabinetes da ACDF, o mesmo acontecendo com a Federação do Comércio, Sindicato Varejista, Clube dos Diretores Lojista e sindicatos representativos de várias categorias profissionais. Pela entidade passaram alguns nomes que inscreveram seus nomes na vida política e empresarial da cidade. Lindberg Aziz Cury, Vicente de Paula Araújo, Antônio de Paula Pontes, Paulo Guaraciaba e Nuri Andraus estão entre eles. Lindberg, inclusive, defendeu os direitos de Brasília no Senado Federal, onde exerceu o mandato de senador por quatro anos.
Fernando Pedro de Brites, que nasceu em Beira Alta, em Portugal, está no Brasil desde 1953. Brites chegou a Brasília em 1979, e desde 1983 está ligado à entidade. Começou na gestão de Josezito Andrade, quando atuou como diretor. Atenta aos movimentos dos empresários e suas empresas, a associação, em várias circunstâncias, posicionou-se em defesa de seus filiados, fazendo do diálogo e do debate a melhor ferramenta na busca de soluções para todas as questões. Os últimos dias de 2023, para a Associação Comercial, sinalizaram o empenho e dedicação a uma causa que, sabidamente, sempre gerou polêmicas em Brasília e dividiu opiniões.
A liberação do Setor Comercial Sul para que seja transformado também em área residencial. Para quem conhece as particularidades da cidade sabe bem o que isso significa. Mal utilizado, ocupado por entidades que nada têm a ver com o que se pode chamar de atividade comercial especificamente, o Setor Comercial se transformou num local que abriga ambulantes, desocupados e, esteticamente, nada tem a ver com o que se esperava para o local quando foi projetado. A ideia de se transformar o local em mais um setor que abriga residências e moradores ganha corpo, e apoiadores. A ACDF carrega a bandeira, otimista.