Fã de Ângela Maria e Orlando Silva, que ouvia na Rádio Nacional e no serviço de alto-falante da Praça Duque de Caxias, em Barreiras, minha cidade natal, no interior da Bahia, eu me tornei beatlemaníaco ao chegar em Brasília e ouvir I want hold your hand no Bazar Paulistinha, loja de disco que existia na Avenida W3 Sul, vizinha da Bi-Ba-Bo (primeira boutique da cidade).
Essa lembrança me ocorreu ao ouvir Paul McCartney cantar Can't buy me love, na abertura de Got Back, o show que apresentou, na última quinta-feira, no Estádio Mané Garrincha. É claro que me emocionei com a interpretação de Something, Let it be e Hey Jude (as minhas preferidas no repertório); e vi com simpatia ele se esforçar para saudar o público dizendo "Boa noite, vei!".
Mas, para ser sincero, dos Fab Four, John Lennon é por quem sempre tive maior admiração — por tudo o que ele representou como músico e cidadão. Quando estive em Londres, fiz foto ao lado da imagem dele no museu de cera Madame Tussauds.
Em Nova York, nas duas vezes em que estive lá, eu me detive por longo tempo no Strawberry Fields, o memorial que o celebra, uma das atrações do Central Park, próximo do Edifício Dakota, onde ele viveu com Yoko Ono; e frente ao qual foi assassinado, há quase 43 anos, por um insano.
Parceiro de Paul McCartney na maioria das canções dos Beatles, John deixou como legado para o mundo Imagine, um hino pela paz.
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