NULL
Cultura

Artigo: Comunidade criativa

Após o início das obras de revitalização da W3 Sul, alguns comerciantes aderiram ao convite para adoção de praças. O primeiro a passar por esse processo foi um beco da 506

25/07/2021 Crédito: Bárbara Cabral/Esp/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Encontro de empreendedores promovido em parceria pelo Correio Braziliense, pela Fundação Assis Chateubriand, pelo Instituto Iluminante e pelo Picnik, na Infinu. Asa Norte. -  (crédito: B?rbara Cabral/Esp/CB/D.A Press)
25/07/2021 Crédito: Bárbara Cabral/Esp/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Encontro de empreendedores promovido em parceria pelo Correio Braziliense, pela Fundação Assis Chateubriand, pelo Instituto Iluminante e pelo Picnik, na Infinu. Asa Norte. - (crédito: B?rbara Cabral/Esp/CB/D.A Press)
postado em 19/09/2023 06:00

Guardo até hoje na memória o tempo em que era estudante do Elefante Branco, colégio onde cursei o segundo grau. Pelo menos uma vez por semana, depois das aulas, fazia um périplo pela W3 Sul, entre a 509 e a 506. Como a grana mal dava para o básico do básico, tornava-me um voyeur ao passar em frente às lojas de grife daquela parte da avenida.

Na "passarela chique de Brasília" — como bem definiu Ney Matogrosso, que morou aqui naquela época, numa entrevista que ele me concedeu tempos depois — chamavam atenção a Doceria Flamingo, a boutique BiBaBô, a loja de discos Bazar Paulistinha e o restaurante Caravelle.

Seis décadas depois, o Governo do Distrito Federal deu início às obras de revitalização daquela alameda e chegou a sugerir aos comerciantes da área a adoção de praças. Mas o primeiro a passar por esse processo foi um beco da 506, que se transformou num point dos brasilienses atentos às novidades.

Ali surgiu, em 2020, a Infinu Comunidade Criativa, mix de palco de show, restaurante, espaço de moda, idealizado por Miguel Galvão e Ernane Pelúcio. Eles trouxeram para o empreendimento a experiência acumulada ao longo de 12 anos à frente do Picnick, evento de rua que o brasiliense adotou.
Resilientes, os criadores da Infinu superaram os problemas surgidos com a pandemia e, cheios de garra, voltaram à ativa com entusiasmo ainda maior, consolidando o espaço como um centro cultural-comercial-gastronômico.

O frequentador da Infinu sabe que vai encontrar ali sempre uma programação diversificada e atraente, que tem a pluralidade como marca registrada: karaokê (terça-feira), jazz, soul e instrumental (quarta-feira), indie rock, hip hop e heavy metal (quinta-feira), ritmos brasileiros (sexta-feira), forró (sábado) e show de artistas nacionais (domingo) — sempre a partir das 20h.

Recentemente, apresentaram-se no Infinu a cantora paulista Céu, Dora Morelenbaum e Júlia Mestre (do coletivo carioca Bala Desejo), o grupo pernambucano Mundo Livre S.A e a banda goiana Boogarins.
Com programação praticamente ininterrupta, a casa recebe nesta semana a cantora Indiana Nomma, depois de amanhã; Sophia Chablal, sexta-feira; o grupo As Fulô do Cerrado, sábado; e Gustavo Bertoni (ex-Scalene). No domingo, estará em destaque o W3 Folk Festival.

De 10 a 15 de outubro, ocorrerá o Festival Convida, que terá como atrações João Gordo (ex Ratos de Porão), com o show Brutal brega, e a banda gaúcha Azimuth. Um dia antes, haverá a apresentação da Rumbora, na qual os integrantes da formação original da banda, que, atualmente, moram fora do Brasil, farão uma celebração para comemorar o reencontro. Como se observa,a Infinu mantém-se constante ebulição.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->