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Governo

Artigo: Lula resgata a soberania e reposiciona o Brasil na geopolítica mundial

A política externa brasileira está sendo retomada com altivez, como vinha sendo conduzida nos seus governos anteriores ao tratar dos interesses econômicos, políticos e culturais do país

O primeiro movimento do presidente Lula na política internacional se deu ainda em novembro de 2022, quando participou da COP 27, no Egito -  (crédito: Ricardo Stukert/ PR)
O primeiro movimento do presidente Lula na política internacional se deu ainda em novembro de 2022, quando participou da COP 27, no Egito - (crédito: Ricardo Stukert/ PR)
postado em 12/09/2023 06:01

José Guimarães 

Além disso, o presidente Lula leva a pauta da erradicação da fome e da pobreza, o desenvolvimento sustentável com justiça social e a paz aos mais importantes fóruns internacionais. A política externa brasileira está sendo retomada com altivez, como vinha sendo conduzida nos seus governos anteriores ao tratar dos interesses econômicos, políticos e culturais do país.

O primeiro movimento do presidente Lula na política internacional se deu ainda em novembro de 2022, quando participou da COP 27, no Egito, a convite do presidente Abdel Fatah al-Sissi. Na ocasião, Lula reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e propôs uma Aliança Mundial pela Segurança Alimentar, pela erradicação da fome e pela redução das desigualdades. Chamou a atenção do mundo para os gastos de trilhões de dólares em guerras, enquanto 900 milhões de pessoas passam fome; ofereceu o Brasil para sediar a COP 30, em 2025, num dos estados da Amazônia; e propôs a cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica, com Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, depois realizada, em agosto, quando foi assinada a Declaração de Belém, que define a agenda comum em defesa do bioma e da bioeconomia.

Desde o primeiro mandato, o presidente Lula mantém o esforço de elevar o Brasil ao patamar das grandes nações e ampliar sua influência no mundo, tendo em vista sua importância econômica, política e cultural. Em oito meses, Lula viajou para dezenove países, a fim de tratar de interesses nacionais e da articulação política internacional. Em maio, ele participou, em Tokyo, como convidado, da reunião do G7, grupo formado por Estados Unidos, Japão, Itália, França, Alemanha, Reino Unido e Canadá. Participou da cúpula do Mercosul, na Argentina, onde assumiu a presidência rotativa; participou, em Bruxelas, da cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e dos 27 países que compõe a União Europeia; participou também da primeira sessão com chefes de governo e Estado do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mais 40 países convidados; e da cúpula do G 20, grupo das 20 maiores economias do mundo, recentemente na Índia, do qual assumiu a presidência.

Na bagagem, o presidente levou dados alvissareiros da economia: o Brasil tem a quinta maior alta do PIB entre os integrantes do G20. Levou ainda a carta dos países amazônicos, reivindicou dos países ricos reparação pelas emissões na atmosfera; propôs a criação de uma força tarefa para erradicação da fome no mundo e a participação do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 15 e 16, o presidente visitará Cuba e México. Em Cuba, reunirá com o G 77, Fórum Econômico de países em desenvolvimento. Em 19 de setembro, o presidente Lula participa da 78ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. No périplo pela reconstrução da política externa brasileira, além dos fóruns internacionais, o presidente Lula teve encontros bilaterais com países como Estados Unidos e China, entre outros. Ampliar as relações comerciais com a China, no redesenho da geopolítica global, é uma estratégia da política externa que não causa prejuízo às relações com nações as quais o Brasil mantém laços diplomáticos e comerciais. A União Europeia se federalizou e em nenhum momento o Brasil se intrometeu na decisão do bloco. A propósito, Lula lidera as negociações do acordo Mercosul-União Europeia.

Os Estados Unidos, junto com o Canadá, criaram o Nafta. Também o Brasil não se imiscuiu na decisão dos dois países. O encontro dos presidentes Lula e Xi Jinping, na China, causou mal-estar em quem está acostumado com a subalternização do Brasil às nações centrais, como se Lula tivesse cometido uma heresia em relação aos Estados Unidos e à União Europeia. Não foram poucas as críticas e editoriais desabonadores. O Brasil se movimenta como nação soberana.

O Brasil tem um projeto nacional de desenvolvimento econômico sustentável com justiça social, tendo o Estado como indutor do crescimento e da distribuição da renda. Um projeto que vem despertando atenção no mundo pela viabilidade. O presidente Lula tem demonstrado que outro planeta é possível: sem pobreza, sem fome, sem degradação ambiental, sem alteração climática e sem guerras. Com sua fé inabalável, o presidente Lula conclama líderes mundiais a construir um futuro de paz e prosperidade entre as nações.

José Guimarães - Advogado, deputado federal (PT/CE) e líder do Governo na Câmara dos Deputados

 


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