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Cultura

Artigo: Nós, os barreirenses

Conterrâneos de diferentes gerações ocuparam mesas, espalhadas pelo salão, e, por horas, trocaram ideias mas, principalmente, trouxeram de volta recordações que estavam armazenadas na memória afetiva

Centro histórico de Barreiras -  (crédito: wikipedia.)
Centro histórico de Barreiras - (crédito: wikipedia.)
postado em 12/09/2023 06:01

Carne in natura ou processada, assada sobre fogo ou brasas com a utilização de espetos e grelhas. É assim que o churrasco, um dos pratos preferidos pelos brasileiros, é apresentado pela Wikipedia, a enciclopédia livre. Mas, sob outro ponto de vista, deve ser tratado como a possibilidade de uma grande confraternização.

As duas coisas estiveram lado a lado, sábado último, no caloroso encontro de barreirenses na cobertura de um prédio em quadra da Asa Norte, com direito ao grande consumo de carnes, muitos abraços, papos descontraídos e deliciosas reminiscências.

Tudo embalado por clássicos da MPB e sucessos da axé music, que receberam interpretação de dois grupos — um de instrumentistas profissionais e outro formado por músicos amadores. Conterrâneos de diferentes gerações ocuparam mesas, espalhadas pelo salão, e, por horas, trocaram ideias mas, principalmente, trouxeram de volta recordações que estavam armazenadas na memória afetiva.

Como não lembrar do Bar Paraibano, misto de salão com mesas de sinuca e a primeira sorveteria de Barreiras, do serviço de auto-falante do Cine Roma e da Praça Duque de Caxias e dos namoros no cais do porto, os banhos no Rio de Ondas! Obviamente, não se pode esquecer os bailes de carnaval do Dragão Social, os jogos do Corinthians e o Ginásio Padre Vieira, que contribuiu decisivamente para a formação de futuros engenheiros, advogados, professores e jornalistas.

Tudo isso esteve de volta nas conversas que rolaram durante o churrasco, trazidas por quem guardou essas vivências em sua memória afetiva. Os mais novos lembraram momentos vividos no Vieirinha, espaço localizado ao lado do velho mercado, que para muitos deveria ser transformado num memorial.

Sobre isso conversei com o arquiteto Aníbal Barbosa Neto, que até já propôs criar um projeto com esta finalidade. O mercado é parte do centro histórico de Barreiras, que não tem merecido a devida atenção da administração pública da cidade, detentora de uma das maiores rendas per capita do Estado da Bahia.

Quem compartilha com essa ideia é a produtora cultural Anamélia Rocha, barreirense moradora de Brasília que, com frequência, volta à terra natal, pela qual é apaixonada. Sempre atenta, com veemência ela critica os desmandos cometidos, por quem deveria cuidar melhor da Barreiras velha de guerra.

 


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