Entre os artistas mineiros, o Jota Quest é o de maior presença em Brasília, superando, neste quesito, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, 14 Bis e o Skank — que encerrou a trajetória com um megaconcerto em 23 de março último, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Aqui, onde possuem uma legião de fãs, Rogério Flausino (vocal), Marco Túlio (guitarra), PJ (baixo), Paulinho Fonseca (bateria) e Márcio Buzelin (teclados) têm se apresentado nos mais diferentes locais — do Iate Clube à Esplanada dos Ministérios —, desde antes de lançar o álbum de estreia, em meados dos anos 1990.
De volta à cidade, o grupo mineiro ocupa o palco do auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães hoje, às 21h, com o Prudential Concerts 2023, tendo a companhia em cena de uma orquestra formada por 11 violonistas, cinco violoncelistas e quatro violistas — todos brasilienses — sob a regência do maestro Carlos Prazeres.
No espetáculo, o público poderá apreciar clássicos do pop brasileiro que o Jota Quest acumulou ao longo 30 anos de vitoriosa carreira, entre os quais Amor maior, As dores do mundo, Dentro de um abraço, Dias melhores, Do seu lado, Fácil, Mares do Sul, O sol e Só hoje. O diferencial no concerto desta noite é que todas as canções serão emolduradas por arranjos sinfônicos.
Regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), o carioca Carlos Prazeres, que ostenta os títulos de cidadão baiano e soteropolitano, é bacharel em oboé pela Universidade do Rio de Janeiro e discípulo de Isaac Karabtchevsky. Versátil, tem colocado seu talento e sua batuta à serviço de outros gêneros musicais.
Em 11 de fevereiro deste ano, por exemplo, Prazeres regeu a Osba, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves em Balancê, o Carnaval de Gal Costa, espetáculo que contou com a participação da cantora Cláudia Cunha e do cantor Zé Ibarra. Em frente ao palco, emocionado, tive o privilégio de ouvir marchinhas e frevos compostos por Braguinha, Caetano Veloso, Moraes Moreira e outros mestres da MPB interpretados em homenagem a uma das maiores estrelas da música popular brasileira que, três meses antes, havia partido para outra dimensão, deixado uma saudade imensa.
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