O depoimento de David Grusch, um ex-oficial de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos, ao Congresso norte-americano trouxe de volta ao debate um assunto em que há os posicionamentos mais diferentes possíveis, sem poder cravar se existe certo ou errado. Política? Economia? Meio ambiente? Nada disso. Perante os congressistas dos EUA, Grusch falou sobre objetos voadores não identificados, cuja sigla é mais conhecida do que o próprio nome: os OVNIs.
No depoimento, transmitido ao vivo e com ampla cobertura da imprensa internacional, o ex-oficial de inteligência fez várias "revelações":
1. O governo dos EUA guarda OVNIs;
2. Existe um programa de recuperação de "naves" que caíram na Terra;
3. Soube que pessoas ficaram "feridas" ao tentarem encobrir "tecnologias alienígenas"; entre outras afirmações.
Detalhe importante: tudo sem apresentar prova alguma.
Só que o depoimento de Grusch abriu uma interessante discussão em blogs, vídeos e nas redes sociais. Se tem uma dúvida que permeia a humanidade é: "Estamos ou não sozinhos?" É uma pergunta que permite as mais variadas respostas, sem certo ou errado. O único fato concreto até hoje é que não há provas de vida fora da Terra. E isso não quer dizer que não há. E, sim, que apenas não foi comprovada nenhuma hipótese. Nada mais.
Por isso, é necessária a valorização e a discussão de estudos recentes sobre as mudanças climáticas em andamento no nosso planeta. Dois deles, particularmente, me chamaram muito a atenção. O primeiro, realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhague (Dinamarca), aponta que um importante padrão de circulação das águas do Oceano Atlântico, responsável por regular boa parte do clima do planeta, pode entrar em colapso já neste século, o que provocaria uma queda excessiva na temperatura na Europa e um aumento nas regiões tropicais do Hemisfério Sul. A chance disso ocorrer até 2095 é de 95%.
O segundo, uma avaliação da Universidade de Leipzig (Alemanha), crava que julho de 2023 quebrou o recorde de temperatura global já registrado, com sérios indícios de que tenha sido o mais quente dos últimos 120 mil anos. São dados concretos, analisados por pessoas especialistas no assunto, que alertam sobre as mudanças que estamos enfrentando, e precisamos nos preparar.
É o empirismo na prática, quando as teorias científicas são baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé. Trata-se de um ponto importante que deve ser levado em conta em qualquer discussão. Entre os fatos e as suposições, é fácil escolher quem leva ampla vantagem.