Não é novidade para ninguém que um sono de qualidade traz uma série de benefícios à saúde das pessoas. E essa informação vem de longa data. Também não é surpresa dizer que os especialistas recomendam que um adulto (acima de 18 anos) durma, pelo menos, sete horas por noite.
A pesquisa "Saúde do Sono Brasileiro" contou com 1.270 participantes. Desses, 77% disseram que dormir bem faz toda a diferença ao longo do dia, o que contribui para a melhora do humor, do desempenho educacional, profissional e para facilitar a concentração. A questão é não ter razões capazes de "tirar o sono", como problemas de saúde e financeiros.
A boa notícia é que um estudo desenvolvido pela Hibou — empresa de pesquisa e análise de mercado, comportamento e consumo — mostra que seis em cada 10 brasileiros dormem sete horas ou mais durante os dias úteis. Aos fins de semana e feriados, esse número aumenta para oito em cada 10 pessoas, das quais 60% ultrapassam a média de horas de sono e alcançam a marca de oito horas. Outros 3% dos brasileiros afirmam dormir até 11 horas, superando as expectativas médicas.
No entanto, dormir muitas horas não significa, necessariamente, ter um sono de qualidade. O levantamento mostra também o que denomina de "companhias indesejadas", ou seja, fatores que predispõem à má qualidade do sono.
Prova disso é que um a cada quatro brasileiros divide a cama com a ansiedade, o que torna as horas de descanso um desafio permanente. Preocupações pessoais ou familiares (21%), prazos estressantes durante o trabalho (14%) e memórias indesejadas que "assombram " a mente (9%) estão entre os principais pensamentos que provocam insônia nas pessoas.
Além das preocupações mentais, o levantamento cita as "companhias físicas", não como indesejadas, mas como um elemento a mais na hora de dormir. Os dados revelam que 55% dos brasileiros dividem a cama com um parceiro, 38% têm a companhia de um pet, seja cachorro (38%) ou gato (15%), e 24% optam por dormir sozinhos, encontrando paz no silêncio da noite. Entre outros itens de conforto, estão objetos como almofadas ou bichos de pelúcia (10%), controle remoto da TV (11%) ou até mesmo um livro (5%).
O mais fiel dos companheiros é, sem dúvida, o celular: 93% dos entrevistados confirmaram que o aparelho faz parte integral da rotina de sono. No entanto, para evitar interferências no descanso, sete em cada 10 indivíduos optam por colocar seus smartphones no modo silencioso. O carregador de celular está presente em 65% dos ambientes de descanso. As telas também têm espaço significativo: 59% dos quartos têm televisão, 17% computador e 2% home theater.
Por outro lado, três em cada 10 brasileiros já baixaram aplicativos dedicados à melhoria ou controle do sono, buscando soluções tecnológicas para otimizar suas noites. Aqui, o celular acaba fazendo o papel de aliado da qualidade do sono. Embora as casas estejam cada vez mais tecnológicas, o que os dados demonstram é que o brasileiro parece estar mais consciente dos benefícios de um sono de qualidade. Se as condições sociais e econômicas do país não trouxerem preocupação, melhor ainda.
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