Toda mulher tem direito à paz. Para caminhar pelas ruas sem qualquer tipo de abordagem. Para ser dona de seu corpo e de suas vontades. Para viver sua sexualidade como quiser. Para terminar relacionamentos. Para ter segurança dentro de suas próprias casas. Para criar seus filhos longe de ameaças. Para usufruírem de liberdade.
Toda mulher tem direito à vida. E essa é uma afirmação que não precisaria estar escrita aqui. Mas a verdade é que este direito tem sido negligenciado. Tem sido insuportável conviver com a matança de mulheres no Distrito Federal. Só neste ano, 20 mulheres foram assassinadas. A cada feminicídio, uma família destroçada. Cada vez que uma mulher é assassinada, todas nós sentimos a crueldade. É uma dor coletiva, absurda, revoltante. Precisamos fazer algo.
O Correio deseja ser uma parte influente no debate para encontrar soluções. Para isso, promove, na próxima quarta-feira (20/7), um seminário para discutir a onda de feminicídios que a capital do país está vivendo, com o objetivo de buscar alternativas que amparem as mulheres. Vamos ouvir especialistas e integrantes da sociedade civil.
A abertura do seminário contará com a participação da governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP). Também de outras autoridades, como Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; Antônia Carneiro, defensora pública chefe do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres; Cristina Tubino, presidente da Comissão de Enfrentamento da Violência Doméstica da OAB/DF; Daniel Bernoulli, promotor de Justiça do Distrito Federal; Vera Lúcia Santana Araújo, integrante da Executiva Nacional da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e ativista da Frente de Mulheres Negras do DF; Rita Lima, assessora internacional do Ministério das Mulheres, entre outros.
O evento será realizado no auditório do Correio, com a mediação dos jornalistas Ana Maria Campos e Carlos Alexandre Souza, com transmissão pelo no site e nas redes sociais do jornal. Não ficaremos apenas nesse debate. O projeto é uma campanha que se estende. Haverá podcasts e visitas a escolas, entre outras iniciativas.
Nós sabemos que esse é um problema complexo. Que se ampara no machismo estrutural, na certeza que muitos homens têm que são proprietários dos corpos femininos. Que reside na certeza deles de que não podem ser contrariados, nem abandonados. Mas o fato de ser de difícil solução não quer dizer que não possa ser combatido de forma enérgica.
A solução não será apenas pela via da legislação, pela proteção jurídica e policial. Isso não tem sido suficiente. Será pelos esforços coletivos de autoridades, sociedade civil, homens e mulheres. Precisamos criar alternativas reais e rápidas, que se somem às leis e soluções legais. Convidamos vocês a serem partes dessa luta. Por todas nós, nossas filhas, netas, amigas. Pelas gerações de mulheres que virão depois de nós. Mulheres merecem e precisam de paz.
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