A governança corporativa é uma estrutura de regras, processos e princípios que orientam e controlam a administração de uma empresa, tendo como objetivo garantir a proteção dos direitos dos acionistas, promover a transparência e a responsabilidade dos gestores, além de aumentar a confiança dos investidores na empresa. Dessa forma, a governança corporativa é fundamental para a saúde financeira e o sucesso a longo prazo da empresa.
Em parceria com a governança, a auditoria de demonstrações financeiras é um processo que fornece informações precisas e confiáveis sobre as finanças da empresa. O auditor independente realiza uma avaliação rigorosa das demonstrações financeiras, verificando se as informações são precisas, completas e se estão em conformidade com as normas contábeis aplicáveis. Isso tende a ajudar na garantia de que a empresa é gerida de forma responsável e transparente.
Para resumir, a governança corporativa e a auditoria de demonstrações financeiras são fundamentais para garantir a saúde financeira e o sucesso a longo prazo da empresa. Elas promovem a transparência e a responsabilidade da administração e ajudam a atrair mais investimentos.
Sabendo que a combinação da governança corporativa e da auditoria de demonstrações financeiras é crucial para a confiança dos investidores. Quando eles confiam nas finanças de uma empresa, estão mais dispostos a investir e a ajudá-la a crescer e prosperar. Além disso, a boa governança corporativa e a auditoria confiável aumentam a transparência e a responsabilidade da administração, o que pode atrair mais investimentos e aumentar o valor da empresa. Mas por que essa introdução?
Nos últimos meses, a mídia tem publicado um conjunto de informações e escândalos que claramente tem relação com a ausência de governança ou com o fato de não a considerar relevante. Vamos lembrar dois casos mais emblemáticos. O primeiro é o das Lojas Americanas, que está tendo sua vida financeira e de governança devassadas por conta de um conjunto de informações que não foi claramente apresentado ao mercado e que levou a empresa a momentos embaraçosos.
Outro caso foi o das Lojas Marisa, que tem um modus operandi muito similar ao ocorrido com a Lojas Americanas. Informações não claras, auditoria sendo questionada, insegurança do mercado com os dados e, principalmente, insegurança dos credores com o ativo.
Está certo que esses escândalos não são novidade. O mundo já viveu problemas que podem ser considerados similares com Enron, WorldCom, Banco Nacional e outras empresas. Nem todos esses casos de governança estão diretamente ligados à parte financeira. Um bom exemplo de caso de falha em governança que não foi diretamente afetado pelo financeiro é o caso dos softwares instalados nos veículos a diesel da Volkswagen, revelado em 2015, que culminou na perda de confiança na marca e multa.
Devemos observar que existem sanções que, normalmente, são pesadas. O lado bom desses escândalos é que eles sempre provocam uma melhoria no mundo regulatório, na relação do mercado com as empresas e na visão da importância da governança corporativa e da auditoria bem feita nas empresas. O que valoriza o profissional que está comprometido com as regras, as formas e o compliance corporativo.
Nossa torcida é para que as empresas como Lojas Americanas e Marisa se recuperem rapidamente. São ativos importantes para o Brasil e carregam muito da nossa cultura. Mas, principalmente, o que desejamos é que o mercado, os gestores, os consumidores e as empresas respeitem a governança, a auditoria e valorizem as relações transparentes entre todos os agentes. Com isso, o cenário será de aumento da confiança dos investidores, promoção da transparência e da responsabilidade da administração, o que ajuda atrair mais investimentos e investidores.
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SAMUEL DE JESUS MONTEIRO DE BARROS - Doutor em administração e reitor do Ibmec Rio de Janeiro